Planejamento vergonhoso. São 51 anos de fracassos na Copinha
O Palmeiras tinha o time mais forte. O presidente tirou os melhores. Levou para os EUA. Voltariam para a final. Mas a equipe foi eliminada antes
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Mano Menezes sabia.
O Palmeiras precisava de uma boa notícia para começar 2020, depois de tantos infortúnios, desilusões em 2019.
E foi claro com o ex-executivo Alexandre Mattos, sabia que o presidente Mauricio Galiotte desejava mudar a filosofia, arrecadar dinheiro com vendas de atletas e apostar, como nunca, na base.
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Mano sabia que era rejeitado no Palmeiras, por ter sua imagem profundamente ligada ao Corinthians.
Ele precisava aliviar a pressão, trazer alegria, empolgação para o clube.
E foi claro com Mattos.
A conquista da inédita Copa São Paulo de Juniores, a maior competição da categoria no país, traria um fôlego, deixaria o ambiente leve.
Nas 50 primeiras disputas, o Palmeiras jamais a conquistou.
Não se negava a integrar Gabriel Veron, Patrick de Paula, Alan, Gabriel Menino e Lucas Esteves entre os profissionais, como exigia o presidente.
Mas desejava fazer após a Florida Cup.
O Palmeiras entraria fortíssimo e favorito ao título da competição.
Mas o que decidiu Galiotte?
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Levaria os meninos para os Estados Unidos.
Estariam no elenco nas duas partidas na Flórida.
E voltariam a tempo para disputar a semifinal e a final da Copa São Paulo.
Só que o plano se mostrou um absurdo.
O treinador Wesley Carvalho não conseguiu ser mágico.
Perdeu meio time às vésperas da competição.
A campanha foi vexatória.
Terminou em segundo em um grupo fraquíssimo.
Venceu o União Rondonópolis por 3 a 1, o Petrolina por 2 a 0, perdeu para a Ferroviária por 1 a 0.
Na terceira fase venceu o Sertãozinho por 3 a 0.
E ontem foi eliminado da competição, jogando muito mal, caiu diante do Goiás por 1 a 0.
Campanha medíocre.
Não chegou nem às oitavas, nem entre os 16 melhores do país.
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Veron, Patrick de Paula, Alan, Gabriel Menino e Lucas Esteves podem esticar a viagem a Orlando. Passar dias na Disneylândia.
Não há pressa para o retorno.
Não jogarão a Copa São Paulo.
Graças a um planejamento horroroso, o Palmeiras chegou ao seu 51º fracasso na competição.
2020 já começa com constragimento no clube.
Com conselheiros criticando fortemente Galiotte.
Pelo planejamento para a Copa São Paulo.
O técnico Wesley Carvalho estava arrasado. Jogadores desmoronaram emocionalmente nos vestiários, em Araraquara.
Todos sabiam que tinham a equipe mais poderosa da competição, depois da desistência do Flamengo.
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Mas a diretoria evitou que esse time forte jogasse o torneio.
E agora lamenta mais esse fracasso.
Nem o pior inimigo do Palmeiras arquitetaria planejamento tão amador.
Mano estava certo.
Mas não deu tempo para impor o que pensava.
Foi demitido depois de 20 jogos.
E Luxemburgo lavou as mãos.
Permitiu que Galiotte fizesse o que desejava.
E o clube chegou a 51 anos de jejum na Copa São Paulo...
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