Palavrões, ironias. Banho d'água. A estranha relação de Luciano e Diniz
A proximidade entre Fernando Diniz e o atacante Luciano faz bem ao líder São Paulo. Cumplicidade veio ainda mais à tona na goleada sobre o Botafogo
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Líder do Brasileiro.
Sete pontos de vantagem sobre o Atlético Mineiro, segundo colocado.
Goleada sobre o Botafogo, no Morumbi, 4 a 0.
Faltando 14 jogos para o final do Campeonato Nacional.
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Time confiante, vibrante, taticamente muito bem postado.
Sem dar a mínima chance ao time carioca, em crise, e com dívida bilionária, que dificilmente escapará do rebaixamento.
O próximo jogo do São Paulo será contra o Corinthians, em Itaquera, onde jamais venceu.
Mas o assunto principal da partida de ontem foi a relação entre Fernando Diniz e Luciano.
A partida já estava 3 a 0 para o São Paulo, quando o treinador se aproximou do jogador, que tomava água. Ele perguntou ao atacante, se ele estava cansado e se gostaria de sair.
O jogador vira o rosto para o treinador e sinaliza que 'não'.
Mas Diniz seguiu irônico.
E avisando que Luciano iria continuar na partida, mas teria que correr.
Seguiu falando, provocando o atacante.
O jogador passou a jogar água no treinador.
Situação surreal.
Mas que mostra o grau de intimidade entre os dois.
"Sempre disse e vou repetir: o pilar central do trabalho é como me relaciono com os jogadores. Tem espaço para brigar, brincar e se divertir.
"A aproximação não tem receio, jogadores carecem de atenção. Minha preocupação com os jogadores é que melhorem em campo e fora dele."
Diniz não quis deixar ainda mais claro.
Ele é muito próximo de Luciano, desde quando dirigia o Fluminense, em 2019.
Era seu jogador de confiança no ataque.
O treinador do São Paulo sabe do talento com a bola nos pés do jogador, mas também de sua tendência à ficar disperso. Errar lances fáceis, desperdiçar ataques, exagerar em dribles, de vez em quando.
Daí os inúmeros palavrões com que o cobra.
E que chamam ainda mais a atenção, com os jogos sem público, por conta da Covid.
Como no empate, contra o Red Bull Bragantino, no Morumbi.
“Parabéns, Luciano. Vai tomar no c*. É, está olhando o quê?", disse, após o atacante tocar a bola com a mão e provocar um pênalti para o time interiorano, em setembro.
"Por ter uma relação de confiança, posso cobrá-lo, ser espontâneo. A minha relação com o Luciano é ótima, porque posso cobrá-lo da maneira que eu acho que ele deve ser cobrado, e ele corresponde muito bem a isso", disse o treinador.
A relação de cúmplices têm dado certo.
Luciano passa pela melhor fase na carreira.
Assim como Fernando Diniz.
A relação entre os dois é um dos trunfos na briga para o clube buscar sair do jejum.
Superar oito anos de fracassos em campo.
E, finalmente, voltar a ganhar um título...
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