'O Internacional tinha um problema pela frente chamado Palmeiras. Nós nos alimentamos de vitória.' Abel Ferreira
O Palmeiras não se acomodou sendo campeão à tarde. Deu um show no jogo contra o Fortaleza. 4 a 0 foi até pouco. A vitória no Allianz foi completa. Com direito a gol de Endrick, que foi pela primeira vez titular
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
O Palmeiras mostrou por que é campeão brasileiro de 2022.
Mesmo tendo conseguido o título antecipadamente, com a vitória do América sobre o Internacional, o time de Abel Ferreira deu um espetáculo contra o muito bem organizado Fortaleza, de Juan Pablo Vojvoda.
Nada de acomodação, muito pelo contrário. Marcando sob pressão, não deixou o time cearense respirar.
Com uma atuação de gala de Dudu.
Lances espetaculares de Gustavo Scarpa.
E, sim, gol de Endrick, o menino de 16 anos.
4 a 0 foi até muito pouco.
Retribuindo o entusiasmo, o carinho, a empolgação da torcida palmeirense, que lotou o Allianz Parque em quase todo o Brasileiro.
"(O Palmeiras é) um baita time, campeão com quatro rodadas de antecedência, com jogadores leves, de alto entendimento tático", reconhecia Thiago Galhardo, ainda no intervalo, quando o Palmeiras já vencia por 2 a 0, gols de Rony e Dudu.
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Mal sabia Galhardo que viriam ainda outro gol de Rony e o de Endrick.
Nem parecia que o Fortaleza estava havia oito partidas sem perder no Brasileiro.
Abel Ferreira decidiu homenagear a torcida e escalou, pela primeira vez, Endrick como titular.
Deixou Mayke fora, ao contrário do que havia treinado.
Afinal, seu time já era campeão do Brasil.
"É um ano para relembrar. Não andamos atrás de recordes, mas fizemos uma campanha extraordinária na Libertadores, gols marcados, sofridos, uma equipe muito competitiva. É uma equipe que não joga bonito, mas joga bem. É diferente."
"Não é uma equipe que gosta de ter a maior posse de bola. Sabe quando tem que atacar e defender, jogar de forma equilibrada. Independentemente de onde for e seja com quem for, a mesma mentalidade e forma de jogar. Isso é fruto de muito trabalho."
"Os jogadores me ensinaram o caminho para ser campeão, e todos juntos conseguimos esse feito de forma meritória, limpa, categórica. Só quem é de má-fé é que não reconhece a qualidade e a capacidade do elenco", afirmou Abel.
O treinador, apesar do sexto título, que o igualava a Felipão, só ficando atrás de Luxemburgo e Brandão, não esquecia o rancor com a Copa do Brasil, em que o seu time foi eliminado graças a um erro do VAR contra o São Paulo.
"Confesso que queríamos ganhar muito essa competição, queríamos ganhar a Copa, e por circunstâncias não conseguimos, são situações que me custam engolir, a Copa e a Libertadores, pela forma como nos tiraram da competição, merecíamos mais qualquer coisa."
"Mas tem muito a ver com a mentalidade que se instalou aqui dentro, com compromisso coletivo, com um equilíbrio muito grande mesmo quando perdemos, e uma vontade de crescer mais todos os dias. Isso está intrínseco aos jogadores que querem a cada dia e cada jogo serem melhores e estão de parabéns por isso", dizia, orgulhoso.
Abel Ferreira, que segue muito cotado para assumir a seleção após a Copa do Mundo, no lugar de Tite, ainda elogiou o segundo colocado do Brasileiro.
"Dar os parabéns ao Internacional, que fez uma campanha extraordinária. Mas, como disse o treinador do Internacional (Mano Menezes), havia aqui um problema que se chama Palmeiras."
"A consistência do Palmeiras. Isso é fruto do mérito dos jogadores. Meus jogadores estão de parabéns. O mais difícil não é ganhar, mas ganhar de forma consistente."
"Muito honestamente, não sei se é só aqui no Brasil, mas é muito difícil ver uma equipe ganhar de forma consecutiva em três épocas (temporadas) seguidas como o Palmeiras ganhou. É disso que nos alimentamos, de vitórias."
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