Morumbi ultrapassado. Orçamento estourado. 18 títulos perdidos. Leco
Ele é o pior presidente da história do São Paulo. Sabe do vexatório legado que deixará para a história. Por isso, o desespero no último ano de mandato
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Desde 2012, o São Paulo já disputou 30 campeonatos oficiais.
Perdeu todos.
Sob o comando do inseguro Leco, já foram 18 desperdiçados.
O currículo, os números, as estatística, o tornam o pior presidente da história do São Paulo Futebol Clube.
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Carlos Augusto Barros e Silva já tem 81 anos.
Fez na segunda-feira, sem festa no clube.
Não há o que comemorar.
Ficará na presidência por mais onze meses.
Sabe que este período será 'tudo ou nada'.
Ou consegue um mísero título para o clube tricampeão mundial ou será terá seu nome associado ao pior legado da era moderna, pós-Morumbi.
Isso o apavora, confirmam opositores e aliados.
Nas conversas com seus grandes amigos no Pinheiros, sofisticado clube social que frequenta aos finais de semana na capital paulista, ele se abre. Mostra sua incredulidade com o acúmulo de derrotas, com as frustrações.
Sonhou ser presidente por décadas, até que o cargo caiu no seu colo, com Carlos Miguel Aidar tendo de abdicar graças a denúncias gravíssimas.
O inseguro Leco assumiu dizendo que tudo apurado 'de errado' ficaria 'dentro do São Paulo'. Para evitar escândalos públicos. Foi o que aconteceu.
Dentro de campo, o dirigente mostrou sua falta de rumo, convicção.
Foram, até agora, nove treinadores. Seis interinos.
Nada menos do que 15 pessoas a comandar o futebol do clube, sob a bênção do inseguro Leco.
Das mais variadas filosofias.
Usou como escudo e cabo eleitoral o maior ídolo do São Paulo, Rogério Ceni. Reeleito, o despachou. Assim como fez com Ricardo Rocha.
Lugano chega a ser quase um símbolo.
E Raí tem de se submeter às suas vontades.
Comprometeu o clube com contratações caríssimas de veteranos como Daniel Alves, Hernanes, Pato. E perdeu apostas como Pablo e Everton.
Teve Gonzalo Carneiro suspenso por dois anos por uso de cocaína.
O goleiro Jean espancou a mulher e foi para o Atlético Goianiense de graça.
Contusões e recuperações demoradas atormentaram como nunca o clube.
O namoro com o rebaixamento em 2017 foi assustador.
Diante todo esse quadro, o orçamento oficial do clube previa a venda, em 2019, de R$ 80 milhões em jogadores.
Os interessados foram poucos. E não houve a sonhada proposta milionária pelo melhor jogador, Antony.
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2020 começa com o inseguro presidente pressionado.
Ele teria de vender atletas.
Enrolou o quanto pôde o Red Bull, que queria o zagueiro Walce. Eram R$ 27 milhões de uma só vez.
Resultado, o zagueiro rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, treinando com a Seleção Pré-Olímpica. E ficará oito meses sem jogar futebol.
O Red Bull desistiu da transação.
Mesmo indo contra o estatuto, o inseguro Leco manda Fernando Diniz não se preocupar. E treinar forte.
O Campeonato Paulista é a grande meta.
Por ser o torneio mais fácil.
Já que o Palmeiras foi desmontado, assim como o Corinthians. E o Santos teve uma profunda mudança de filosofia, trocando Jorge Sampaoli por Jesualdo Ferreira.
Dividido, o Conselho Deliberativo se mostra omisso.
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Não cobra o inseguro Leco como deveria.
Quanto às organizadas, a relação segue boa.
O próprio Leco confessou que ajuda financeiramente as principais.
"Não tem como não conviver com essas torcidas. São concessões que temos que fazer. Ajudar no carnaval e a entrar no estádio. Sempre foi assim e sempre vai ser", disse à Folha de São Paulo.
E questões fundamentais como a modernização do Morumbi, a transformação em uma arena, foram ficando esquecidas. Graças aos fracassos no futebol.
O novo estádio do Palmeiras 'roubou' o palco dos principais shows no país. Tirou o status, de décadas, do Morumbi.
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Marco Aurélio Cunha e Júlio Casares serão dois dos principais candidatos à sucessão do inseguro Leco.
E usam os vexames da atual gestão como trampolim.
O inseguro Leco quer saber do seu legado.
Conquistar ao menos um título em 2020.
Situação econômica do clube, estatuto, transformação do ultrapassado Morumbi em arena, tudo isso fica para trás.
O inseguro Leco jamais esperava viver tanto constrangimento.
Ele lutou décadas para ser presidente.
Foi traído várias vezes.
Até que chegou ao cargo.
Conseguiu.
E se tornou o pior presidente da história do São Paulo...
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