Mancini conseguiu o 'milagre'. Timão a uma vitória da Libertadores
No último jogo de 2020, a consolidação do técnico, que conseguiu tirar time da zona do rebaixamento e deixar perto do G6
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
Nem a diretoria do Corinthians esperava.
O medo de Andrés Sanchez ao deixar a presidência era ver o clube mergulhado na zona de rebaixamento.
E hoje foi o último jogo do time com ele no seu terceiro mandato.
Graças a Vagner Mancini, que conseguiu dar um desenho tático eficiente e tirar o máximo do elenco fraco montado por Andrés, o Corinthians está a uma vitória da zona da Libertadores.
O time chega à oitava colocação.
Com a terceira vitória seguida.
E sexto jogo sem perder.
O aproveitamento de Mancini é de surpreendentes 66% no Corinthians.
São sete vitórias, três empates e duas derrotas...
A posição é comemorada com muito entusiasmo por Andrés e por seu sucessor, Duílio Monteiro Alves.
No dia 11 de outubro, o clube estava na zona do rebaixamento.
Em compensação, o jogo de hoje travou de vez o Botafogo, na penúltima colocação do Brasileiro.
"A gente até começou bem o jogo. Parece que quando a gente toma o gol, não consegue reagir. É continuar trabalhando. Individualmente se policiar também. Faltou espírito de decisão pela situação que a gente está."
"Quando a gente perde a bola vira as costas e desiste. Se ficar com essa mania, a gente vai tomar sempre. Não tem jogada perdida. Parar com falta. Importante é não desistir. Espero que no próximo jogo a gente não tenha mais essa atitude", desabafou, desolado, o zagueiro Benevenuto.
O Corinthians não teve dificuldades para se impor diante do Botafogo.

O treinador Eduardo Barroca, que por anos trabalhou na base do Parque São Jorge, sabia que teria de travar Fagner. Por isso tratou de inovar. E colocou no jogo Victor Luis apenas para marcar as avançadas do lateral-direito.
E decidiu apostar em Forster na lateral-esquerda, na sobra. Versátil, ele que atua como volante e zagueiro também, mostrou muita dificuldade para marcar na beirada do campo.
Sonhava com contragolpes, embalado pela velocidade de Warley e o oportunismo de Pedro Raul.
Só que, não bastasse a fragilidade técnica, o clube carioca estava muito espaçado.
O que só facilitou o trabalho do compacto e intenso time de Mancini.
O Corinthians se tornou seguro, firme, com muita personalidade em campo.
A equipe de Mancini não entra para jogar futebol bonito. Com seu 4-5-1 determinado, a chave da equipe paulista é preencher os espaços. Não se expor. E explorar os defeitos do adversário.
Estava evidente que o Botafogo não tem consistência defensiva, marca mal no meio-campo e sofre de insegurança crônica quando precisa atacar.
Mancini conseguiu fazer até com que Cazares passasse a marcar, enfrentar o adversário com a bola. Ele perdeu a velha falta de fibra que o marcava, além das farras, no Atlético Mineiro.
E o equatoriano foi quem deu início à jogada do primeiro gol, ao brigar pela bola e entregá-la a Mosquito. Ele invadiu o campo de defesa botafoguense e cruzou na cabeça do próprio Cazares, que marcou, aos 34 minutos.
Jamais Cazares havia marcado com a camisa corintiana.
Perdendo, os jogadores do Botafogo mostraram o descontrole emocional.
Passaram a marcar pior ainda, a darem mais espaço ao Corinthians.
Algo que Mancini precisa enfrentar é a péssima forma física de Jô. Seu atacante segue muito acima do peso, sem mobilidade, mais atrapalhando do que ajudando o Corinthians. É algo que se explica, pelas poucas partidas que disputou no ano. Mas é um problema do jogador que está atingindo em cheio o time.

No segundo tempo, Barroca tentou mudar o panorama. A ideia de Victor Luis não deu certo. Só que, em vez de tirar Forster, e recuar o bom lateral, ele decidiu tirar o ex-palmeirense. E também abriu mão da velocidade de Warley, para sonhar com Kalou aproveitando uma bola aérea.
O resultado é que o Botafogo ficou ainda mais inofensivo.
O Corinthians seguiu dominando o ritmo de jogo, atacando de forma organizada. Não dando brechas para contragolpes.
Sentia que os três pontos estavam na mão.

O jogo estava no final, quando Kalou perdeu a bola, Mateus Vital invadiu, driblou como quis Benevenuto e chutou sem chances para Diego Cavalieri.
2 a 0, Corinthians, aos 48 minutos de jogo.
Clube a uma vitória da zona da Libertadores.
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