Mais um técnico ameaçado. Rodrigo Santana do Atlético Mineiro
A frustrante derrota para o pequeno Colón expõe o treinador. Em pleno Mineirão lotado, o Atlético perdeu a chance de decidir o título da Sul-Americana
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
O país não tem representante na final da Copa Sul-Americana.
Depois do equatoriano Independiente del Valle ficar com a vaga do Corinthians, ontem foi a vez do pequeno argentino Colón eliminar o Atlético Mineiro.
Em pleno Mineirão lotado, o time de Rodrigo Santana tinha a obrigação de reverter a derrota por 2 a 1 na Argentina.
O time começou bem, confiante, veloz.
Marcando sob pressão.
Conseguiu abrir 2 a 0, gols de Di Santo e Chará.
Até que, aos 35 minutos do segundo tempo, Elias comete pênalti infantil em Estigarrabia.
"Pulga" Rodríguez cobrou e marcou.
O mesmo placar de Santa Fé levou a decisão aos pênaltis.
Coube a Cazares, o equatoriano, pressionado por um escândalo, acusado de agredir duas mulheres, perder o pênalti decisivo, que deu a vitória ao Colón por 4 a 3.
O Atlético Mineiro deixou de ganhar R$ 8,3milhões por não chegar à final da Sul-Americana. A Conmebol paga 2 milhões de dólares a cada time que decidirá o título.

Mas a preocupação dos dirigentes do clube é outra.
A Libertadores de 2020.
O clube ocupa apenas a décima colocação no Brasileiro.
Precisa de uma arrancada nestes últimos 17 jogos.
"Hoje eu te confesso que estou triste pela eliminação. Mas, em momento nenhum, eu senti meu cargo ameaçado. A diretoria tem homem de palavra, e passa confiança para a gente. O Sette Câmara (presidente), Lásaro (vice), Rui (diretor) e Marques (gerente).
"Sempre nós deixaram tranquilos no trabalho. Não é qualquer diretoria que pega sete derrotas e mantém um treinador que está na primeira Série A dele. Se eles pregam essa confiança, é sinal que existe trabalho, existe gestão e confiança do elenco", discursou Rodrigo Santana.
Mas em seguida, o treinador já começou a suportar a pressão por uma sombra que ronda o Atlético Mineiro.
Cuca, campeão da Libertadores de 2013, dispensado do São Paulo ontem.
"Sabemos como é o futebol, há os resultados, alterações de treinadores. As vitórias não vêm e o pessoal começa a falar que tem "fulano de tal" livre. Eu não olho para isso, eu olho cegamente só para o meu trabalho."
Mas não adianta não olhar para o lado.
A pressão para o retorno de Cuca é verdadeira.
Para a direção foi frustrante a eliminação de ontem.
E pode ter consequências...