Luciano usou o importante gol para mostrar sua insatisfação. Está pressionado para sair do São Paulo
Paulo Pinto/São PauloSão Paulo, Brasil
Luciano sempre soube ser midiático.
Entendeu o poder da imprensa para sua carreira.
Foi assim desde que começou no Atlético Goianiense, depois no Avaí, Corinthians, Leganés, Panathinaikos, Fluminense e, principalmente, no São Paulo.
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Aos 30 anos, o jogador sabe.
O clube montará uma equipe muito mais competitiva em 2024, para fazer uma campanha histórica, com a meta clara: vencer a Libertadores da América.
Será o ano em que o presidente Julio Casares assumirá sua candidatura oficialmente à reeleição. E ele quer o time mais forte possível, para evitar qualquer chance da oposição, mesmo com o clube devendo mais de R$ 750 milhões.
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Luciano quer participar desse time.
Só que ele já percebeu que o São Paulo conta com dois jogadores importantes que podem fazer suas funções: de articulador ou de segundo atacante.
James Rodríguez e Galoppo, que estão no elenco.
E o clube ainda tenta Gustavo Scarpa, do Olympiakos.
Luciano recebe R$ 500 mil mensais.
Tem contrato até dezembro de 2024.
É um jogador de personalidade forte, midiático, muito querido pela torcida.
Não aceitaria ser um "reserva de luxo" na próxima temporada.
Sua personalidade é forte, detesta ficar no banco.
Ele sabe: a direção quer fazer dinheiro com ele.
Vendê-lo.
Empresários que negociam com o futebol árabe buscam equipes para o jogador.
Luciano está extremamente desconfortável com a situação.
Ele não comemorou o gol importantíssimo que marcou ontem, que garantiu a vitória diante do Cruzeiro, à toa.
Luciano sabe que o São Paulo montará um grande time em 2024. Quer ficar. Mas direção conta com sua venda
Rubens Chiri/São PauloNada contra Dorival Júnior, que tem agido como funcionário, respeitando a hierarquia. Sua postura é a de manter o atacante, se pudesse decidir.
Não pode.
A direção já havia acertado a ida do atleta para o Damac Saudi Clube, da Arábia Saudita.
O São Paulo receberia 3,5 milhões de euros, cerca de R$ 18,4 milhões.
Luciano ganharia 3 milhões de euros por ano, R$ 15,7 milhões. Ou seja, R$ 1,3 milhão por mês.
O atacante recusou. Ele acredita que possa ganhar muito mais dinheiro. Ou simplesmente esperar até dezembro do próximo ano e, com 31 anos, ficar livre para negociar com quem desejar.
Mas, vivido, percebe a pressão da direção para que ele vá para outro clube e renda dinheiro ao São Paulo.
Daí a mágoa.
Com a comemoração contida, estranha, depois do gol. E o silêncio, após o jogo, quando daria a consagradora entrevista, de quem foi responsável pela vitória, que tira a sombra de vez do rebaixamento; Luciano usou a mídia a seu favor.
Se tornou manchete em todos os portais. Virou destaque nas rádios, TVs e streaming.
Todos foram obrigados a entender sua situação.
Ele já marcou nada menos do que 13 gols neste ano. Está atrás só de Calleri, com 14.
Deu oito assistências.
Foram 58 jogos, 44 como titular.
Mas mesmo assim é tratado, nos bastidores, como dispensável.
Ele mostrou ontem seu inconformismo.
E, esperto, se mostrou ao mercado brasileiro.
O São Paulo quer negociá-lo.
Luciano é um dos jogadores do São Paulo de personalidade mais forte. Dorival o quer, mas é 'voto vencido'
REUTERS/Carla Carniel - 01/07/2023Dorival gostaria de mantê-lo, mas não tem poder.
Ele quer ficar.
Mas a diretoria acredita que chegou o momento de vendê-lo.
A situação é simples.
E cruel...
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