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Líder São Paulo venceu. Mas foi preguiçoso, acomodado

Time de Fernando Diniz foi decepcionante. Ganhou do fraquíssimo Sport, no Morumbi, por 1 a 0, gol de Luciano. Mas a equipe se desinteressou do jogo

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Luciano marcou o gol da vitória do líder São Paulo. Futebol contra o Sport foi decepcionante
Luciano marcou o gol da vitória do líder São Paulo. Futebol contra o Sport foi decepcionante Luciano marcou o gol da vitória do líder São Paulo. Futebol contra o Sport foi decepcionante

São Paulo, Brasil

Uma jogada ensaiada de escanteio salvou o São Paulo.

O time de Fernando Diniz foi uma grande decepção contra o fraquíssimo Sport, no Morumbi.

O líder do Brasileiro venceu por 1 a 0, gol que nasceu na cobrança de Daniel Alves e que Luciano completou para as redes pernambucanas, aos 13 minutos do primeiro tempo.

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O restante da partida foi entediante.

O São Paulo não mostrou volúpia, ganância, intensidade.

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Muito pelo contrário.

O time foi lento, desinteressado, acomodado, diante da fragilidade do Sport, candidatíssimo ao rebaixamento.

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Sabia que não corria risco diante de um adversário tão frágil.

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Tinha a convicção que os três pontos estavam conquistados.

Por isso, não forçou, atuou como se estivesse treinando.

"A gente sabia da dificuldade do jogo, vieram com três volantes e três zagueiros. Fomos bem no primeiro tempo, mas no segundo não."

"É manter os pés no chão, temos que pensar no Botafogo", disfarçava Luciano, o autor do único gol do jogo.

Era óbvio que o Sport de Jair Ventura iria se defender. Com elenco muito abaixo do que Fernando Diniz tem nas mãos, o treinador exagerou. Abriu mão de jogar.

Com seus três zagueiros e três volantes, citados por Luciano, o time pernambucano se defendia. Mas não tinha como sair da defesa, o que só facilitou o jogo para o São Paulo.

A obrigação de a bola passar pelos pés de Daniel Alves dava lentidão ao São Paulo
A obrigação de a bola passar pelos pés de Daniel Alves dava lentidão ao São Paulo A obrigação de a bola passar pelos pés de Daniel Alves dava lentidão ao São Paulo

O time de Fernando Diniz batalhou muito para chegar à liderança do Brasileiro. Foi se superando, mesmo muito pressionado pelas eliminações vexatórias no Paulista, na Copa Sul-Americana e, no torneio mais importante do ano, na Libertadores, ainda na fase de grupos.

O que se esperava hoje no Morumbi era um time insinuante, com fome de vencer, não só de somar mais três pontos.

E foi o que parecia que iria fazer.

Marcando forte a saída de bola pernambucana, com seus jogadores do meio para a frente trocando de posições, triangulando, buscando os gols, a vitória.

E o desejado gol veio.

Mais cedo do que se esperava.

Aos 13 minutos, Daniel Alves cobrou escanteio.

Luciano correu do meio para a primeira trave e tocou de primeira para as redes.

Falha absurda de Rafael Thyere, Maidana e Chico. Três zagueiros que não perceberam a corrida do atacante mais qualificado do São Paulo, em uma bola parada. Gol inaceitável que o Sport tomou.

O gol de Luciano, aos 13 minutos, já saciou o São Paulo. Depois, apenas treinou
O gol de Luciano, aos 13 minutos, já saciou o São Paulo. Depois, apenas treinou O gol de Luciano, aos 13 minutos, já saciou o São Paulo. Depois, apenas treinou

E sair na frente no placar teve efeito nocivo ao São Paulo.

Os jogadores perceberam que o time pernambucano não criaria problema algum.

E de nada adiantaram os palavrões, as cobranças, os gritos de Fernando Diniz. O time passou a tocar a bola de maneira desinteressada, como por obrigação, sem objetividade, velocidade.

O que só facilitava o trabalho do Sport, montado para apenas defender.

Foi incompreensível a postura do São Paulo.

No segundo tempo, percebendo que o adversário não era tão forte assim e estava desinteressado, Jair Ventura fez duas trocas.

Tirou seu terceiro zagueiro, Maidana. Colocou Thiago Neves. Trocou o apático meia Ricardinho por Jonathan Gomez.

E adiantou sua equipe. Desmanchou as previsíveis linhas na intermediária pernambucana.

O São Paulo se acomodou de vez.

Conseguiu diminuir ainda mais o ritmo do jogo.

Era como se seus atletas estivessem esperando apenas a partida acabar.

A lentidão e a falta de volúpia eram irritantes demais.

Reinaldo e Juanfran, depois Igor Vinicius, tinham espaço nas laterais. Mas aproveitavam. O time procurava insistentemente Daniel Alves para qualquer articulação de ataque. E o veterano se mostrava cansado, irritadiço.

Para piorar, choveu nos dez últimos minutos de jogo no Morumbi.

Aí é que tudo ficou ainda mais previsível. Com o Sport sem força, sem talento para fazer frente ao sistema defensivo de Diniz. E o São Paulo lento, sem forçar, incrivelmente satisfeito com 1 a 0.

Ganhou mais três pontos.

Só que despertou muita desconfiança.

Essa falta de ambição, de se impor, ganhar bem de um time fraco como o Sport, não é comportamento de um clube que é líder do Brasileiro. E está em jejum de títulos há oito anos.

Fernando Diniz tem de descobrir o motivo de tanta acomodação.

Se quiser mesmo ser campeão do Brasil...

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