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Invasões ao gramado, ameaças. Corinthians humilhado pelo Bahia. 5 a 1 foi pouco, em Itaquera. Mano foi o culpado pelo vexame

Mano Menezes inventou Fábio Santos como terceiro zagueiro. E colocou uma equipe sem poder de marcação. O Corinthians foi humilhado pelo Bahia, de Rogério Ceni. 5 a 1 igualou a pior goleada em Itaquera, a do Fla, em 2020

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli


Thaciano marcou dois gols. O vibrante Bahia de Ceni humilhou o equivocado Corinthians de Mano
Thaciano marcou dois gols. O vibrante Bahia de Ceni humilhou o equivocado Corinthians de Mano

São Paulo, Brasil

"Fora todo mundo, diretoria omissa, elenco vagabundo!"

"Ei, você aí, acabo com a sua vida se o Coringão cair!"

"Vergonha, vergonha, vergonha, time sem vergonha!"

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Eram os coros que vinham das arquibancadas.

Duas invasões de campo.

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Um vexame inesquecível do Corinthians, às vésperas da mais agressiva eleição presidencial da história do Parque São Jorge.

Mano Menezes teve 11 dias de paralisação no Campeonato Brasileiro.

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E o treinador, que vive o pior momento de sua carreira, decidiu treinar seu time, repleto de veteranos saciados por escaparem do rebaixamento, no 3-5-2, com a "invenção" de Fábio Santos como zagueiro e Bidu na lateral, para enfrentar o versátil Bahia, de Rogério Ceni, no 4-5-1, desesperado para fugir da Segunda Divisão.

O resultado foi que o time nordestino dominou as intermediárias e se aproveitou do péssimo sistema defensivo inventado por Mano Menezes. Repleto de jogadores lentos e só Giuliano e Maycon como marcadores, que deixaram a zaga improvisada escancarada, desprotegida.

Mano Menezes já havia desfeito a bobagem de colocar Fábio Santos como zagueiro, aos 20 minutos de partida, colocando Wesley. Deixando seu time no tradicional 4-4-2. Mas a confiança dos atletas já havia ido para o ralo.

Ademir aproveitou a farra. O Corinthians parecia uma equipe juvenil. 5 a 1 foi realmente muito pouco
Ademir aproveitou a farra. O Corinthians parecia uma equipe juvenil. 5 a 1 foi realmente muito pouco

Seu time continuava espaçado, escancarado. Deixando Gil e Lucas Veríssimo expostos, diante de jogadores rápidos, com muita objetividade, do Bahia.

Com toda a facilidade, o Bahia chegou a 3 a 0, com míseros 28 minutos de jogo. Gols de Rezende, Cauly e Thaciano.

Cada contragolpe era desesperador para o Corinthians.

Ao final, 5 a 1 foi um placar que poderia ser ainda maior para o Bahia. 

Se Renato Augusto descontou, aos 21 minutos, a impressão de reação acabou logo. Porque oito minutos depois Ademir marcou 4 a 1, depois de passe errado de Rojas, no meio-campo. Thaciano ainda cobrou mais um pênalti e marcou o placar assustador: 5 a 1, Bahia. Só o Flamengo, em 2020, teve o mesmo atrevimento, em Itaquera, desde que o estádio foi inaugurado.

Mano assumiu seu gravíssimo erro e até pediu desculpa pela vergonha.

"Realmente tudo deu errado, não salvamos nada num jogo como esse. Começamos com a ideia de jogo escolhida pelo treinador, que não se sustentou nem se justificou, teve que ser trocada com 20 minutos."

"O treinador assume a parte dele de que a ideia pensada não funcionou. Temos que pedir desculpa."

"Nunca passei por isso, uma goleada dentro de casa como treinador. Foi muito doloroso para a gente, mas nunca tivemos condição de entregar algo melhor no jogo. Quando acontece isso e termina do jeito que foi, a maior responsabilidade é do treinador, sem dúvida."

O Bahia, de Rogério Ceni, foi dono das intermediárias. E excelente nos contragolpes em velocidade
O Bahia, de Rogério Ceni, foi dono das intermediárias. E excelente nos contragolpes em velocidade

Mano teve a hombridade de não repassar a culpa pelo clima tenso, pela falta de confiança, pelo péssimo futebol dos atletas.

Foi veemente em não culpar a pressão da eleição na goleada.

"Seria muito canalha da minha parte [repassar a culpa].

"O que aconteceu na temporada pertence ao clube, mas nada justifica o que aconteceu hoje."

Mano Menezes sabe que não é o "treinador dos sonhos" do candidato da situação, o favorito André Negão. Como também do candidato da oposição, Augusto Melo.

Quem vencer vai mantê-lo porque o presidente Duilio Monteiro Alves ofereceu um contrato até dezembro de 2025. Com o clube tendo de pagar como multa os meses de salário que faltarem. Ele recebe hoje R$ 800 mil mensais.

O técnico disfarçou, mas, sem querer, trabalhou para a oposição.

A goleada, a menos de 24 horas da eleição, foi um presente para Melo.

Os mais de 39 mil corintianos que foram a Itaquera deixaram o estádio vaiando, xingando.

As organizadas ficaram com seus gritos ameaçadores até depois do jogo.

Antes, dois torcedores invadiram o gramado.

Foram presos e não agrediram ninguém.

Mas eles podem ser capazes de fazer o Corinthians sofrer punição da CBF.

O clube, em 12º lugar, tem 44 pontos.

Vai enfrentar o Vasco, no Rio de Janeiro, o Internacional, em Itaquera, e o Coritiba, no Paraná. 

Matemáticos afirmam que 45 pontos acabam com qualquer risco de rebaixamento.

Mas o momento corintiano é péssimo, de enorme pressão.

Com o clube ainda podendo ter de jogar com portões fechados contra o Inter, se o STJD for rígido com as duas invasões de torcedores hoje.

A humilhante goleada pode ter consequências.

A começar pela eleição de hoje.

E que tem tudo para virar "caso de polícia".

Tantas são as ameaças dos dois candidatos...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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