Dirigentes tentam evitar guerra entre Corinthians e Palmeiras

São Paulo, Brasil

Andrés Sanchez queria deixar em sigilo.

Ele sabia as consequências do que passou na festa do Palmeiras.

Mas torcedores que estiveram no banquete de aniversário de 104 anos do clube decidiram. Colocaram na Internet como um troféu as imagens do presidente corintiano sendo intimidado no banheiro do Espaço das Américas.

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Andrés estava sozinho, quando chegou um palmeirense que decidiu provocá-lo. Outro torcedor filmava a cena, combinada, pelo celular. Feita para humilhar o dirigente corintiano.

Cena deprimente, covarde.

"Aí, rapaziada.

"Manda um abraço aí, Andrés.

"Nosso maior freguês aqui, veio pagar um pau aqui", provocava o torcedor, provocava, olhando para o celular, enquanto o dirigente lavava as mãos, de costas.

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Andrés não se segurou.

"Você é um babaca, né!?"

Um terceiro torcedor o empurra, também pelas costas.

"Respeita o cara, seu trouxa. Vai xingar o cara, por quê? Chamou de trouxa.

Andrés responde:

"Não chamei, não!"

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O terceiro torcedor que é muito mais forte e alto que Andrés, começa a intimidá-lo.

"Não vai chamar ninguém de trouxa aqui, não"

Andrés tenta rebater, falando e levantando a mão.

"Abaixa a mão, abaixa a mão", manda de forma ameaçadora, o torcedor.

Andrés percebe que está sozinho contra os palmeirenses e vai embora.

Mas ainda escuta o palavrão do torcedor que o ameaçava.

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"Vai tomar no seu ..."

O dirigente corintiano foi embora imediatamente da festa.

Não quis nem jantar.

Andrés foi convidado pelo presidente Mauricio Galiotte para o banquete. Os dois estavam tratando de estreitar os laços, mostrar que, apesar da rivalidade, havia respeito entre palmeirenses e corintianos.

A ideia não deu certo.

No banquete e nas redes sociais, Galiotte foi muito criticado pela presença de Andrés.

Assim como Andrés, por ter ido.

A diretoria do Palmeiras estuda divulgar uma nota de desculpas ao Corinthians.

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Muitos conselheiros haviam ouvido falar da intimidação.

Mas não tinham certeza até a divulgação do vídeo.

Do lado corintiano, muita revolta.

Membros da diretoria e das organizadas estão revoltados.

Mas Andrés Sanches quer travar o clima de guerra que está se formando.

Palmeiras e Corinthians jogarão no Brasileiro no dia 9 de setembro, na arena palmeirense.

Ainda podem se enfrentar nas quartas da Libertadores.

E decidirem a Copa do Brasil.

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A maneira hostil que Andrés foi tratado pode se transformar em violência entre as principais torcidas organizadas, que vivem raro momento de paz.

"O melhor a fazer é acabar, esquecer essa situação. Foi ruim, foi. O Andrés estava lá porque foi convidado pelo Palmeiras para a festa. Mas clube algum pode ser responsabilizado pela atitudes de alguns torcedores babacas. Essa situação não pode crescer. 

"Esses caras queriam aparecer em cima do Andrés. E conseguiram. Foi algo isolado e que a diretoria palmeirense não tem culpa. Se fosse eu, não tinha nem falado com esse babacas.

"Esses torcedores precisavam lembrar que nós ganhamos o Paulista no campo deles e respeitamos. Além do mais, não somos fregueses de ninguém.

"Mas as diretorias do Palmeiras e Corinthians não podem deixar essa babaquice atrapalhar o bom relacionamento entre os clubes. Torcedor bababa é torcedor babaca. Tem em todo lugar", disse André Luiz de Oliveira, o André Negão, diretor administrativo corintiano.

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Mas há muitos conselheiros no Parque São Jorge irritados.

Repetindo que o Palmeiras deveria ter dado segurança a Andrés.

E conselheiros do Palestra Itália garantindo que a festa era palmeirense.

A situação constrangedora atrapalha a paz entre os clubes.

Ainda mais quando o Palmeiras tenta na justiça anular a decisão do Paulista.

Tudo foi lamentável.

E em péssimo momento.

Com a violência espalhada e sem controle no Brasil...