Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Cosme Rímoli - Blogs

A paz no Corinthians está na desgraça do Palmeiras

Paz para Loss trabalhar. Vingança pela final 'com interferência externa' do Paulista. Na Libertadores e na Copa do Brasil, a ansiedade por eliminar o rival

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

A paz no Corinthians está em eliminar o rival Palmeiras. Loss sabe disso
A paz no Corinthians está em eliminar o rival Palmeiras. Loss sabe disso

São Paulo, Brasil

Osmar Loss e Luiz Felipe Scolari tomaram a mesma decisão. E ela já está valendo desde o final da rodada do Brasileiro de ontem. 

Jogadores de Corinthians e Palmeiras estão proibidos de citarem o provável duelo das quartas da Libertadores. 

Publicamente.


Veja mais: Semana decisiva para os seis clubes brasileiros na Libertadores

Mas o provável clássico serve como incentivo interno tanto no Parque São Jorge como no Palestra Itália.


Se eliminarem o Colo Colo e o Cerro Porteño, nos seus domínios, nesta quarta e na quinta-feira, os dois maiores rivais do futebol paulista se encontrarão em dois jogos eliminatórios, valendo uma vaga para a semifinal da Libertadores.

O Corinthians tem uma missão mais difícil.


Veja mais: Pedro, Ricardo Oliveira, Nenê: Veja os artilheiros do Brasileirão até aqui

Perdeu para o time chileno, na partida de ida, por 1 a 0. Precisa reverter, ganhar por dois gols de diferença, em Itaquera. Ou vencer pelo mesmo placar para decidir a classificação nos pênaltis.

Loss sabe que seu trabalho segue cercado de dúvidas, desconfiança. O Corinthians segue irregular, sem consistência ofensiva, desde que assumiu, no lugar de Fabio Carille. A pressão de conselheiros não leva em conta o desmanche, as saídas de Rodriguinho, Balbuena, Maycon, Marquinhos Gabriel.

Até por ser responsável pelas vendas, Andrés Sanchez tenta se colocar ao lado do inexperiente treinador. Só que está sendo muito mais difícil que o presidente corintiano esperava. A conquista do Brasileiro de 2017 e dos dois últimos Paulistas não garantiu a paz. Pelo contrário. A oitava colocação no Brasileiro já incomodava.

Não haverá passividade diante de eventuais eliminações na semifinal da Copa do Brasil diante do Flamengo e, principalmente, nas oitavas da Libertadores contra o Colo Colo.

Andrés já foi cobrar os jogadores depois da derrota contra o Fluminense, no Maracanã. Não contente, ele ainda levou os chefes das organizadas para 'uma conversa séria com o time e com Loss', antes do jogo contra o Paraná. Por trás da pressão pelo Brasileiro, havia a sombra verde na Libertadores e também até na Copa do Brasil. Porque se o time de Felipão eliminar o Cruzeiro, pode enfrentar o Corinthians na final. 

A final do Paulista de 2018 segue ainda motivo de uma guerra jurídica
A final do Paulista de 2018 segue ainda motivo de uma guerra jurídica

O líder do time, o veterano zagueiro Henrique, jogou no Palmeiras. E sabe a pressão que é ter pela frente o Corinthians em jogos decisivos. E trata de ser um 'auxiliar técnico' informal de Loss. Animando os companheiros para a partida diante do time de Valdivia. Ter o clube de Felipão pela frente se torna um 'prêmio'.

Veja mais: Cássio inicia tratamento e segue como dúvida no Corinthians

Mas seguindo o pacto, todos no Corinthians não abordarão diretamente o assunto. Por respeito, para não incentivar psicologicamente a equipe de Valdivia, com a visão de desprezo aos chilenos.

Só que ninguém no Parque São Jorge duvida que se vingar de duas eliminações históricas para o Palmeiras, nas Libertadores de 1999 e 2000, daria serenidade para Loss pelo menos terminar o ano como treinador.

Do lado palmeirense, a pressão natural para tirar da frente o Cerro Porteño, para pegar o Corinthians, além da natural rivalidade, tem o acréscimo de um ingrediente legal.

Veja mais: Felipão prega atenção em jogo decisivo da Libertadores contra o Cerro Porteño

Mauricio Galiotte segue obcecado para anular a final do Paulista deste ano, alegando interferência externa na arbitragem. A luta jurídica continua fortíssima. O departamento jurídico palmeirense já apelou para uma empresa norte-americana de investigação, a Kroll, que investigou e foi fundamental na renúncia do ex-presidente da República, Fernando Collor.

Além disso, bancou o criminalista José Luis Oliveira Lima para ajudar na briga jurídica para obrigar a Federação Paulista a fazer nova final contra o Corinthians.

Veja mais: Roger admite fase difícil e vê Romero titular do Corinthians na quarta-feira

Felipão sempre foi muito patronal.

Sabe como ninguém dessa ansiedade da cúpula do clube, da vontade de vingança diante dos corintianos. Mas 'dando um passo de cada vez", como costuma repetir o técnico, à beira dos 70 anos.

Primeiro fazer de tudo para eliminar o Cerro Porteño. Não deixar o time se acomodar pela excelente vitória no Paraguai, por 2 a 0. Exigir até mais seriedade no jogo de quinta-feira. E também nos confrontos pela semifinal da Copa do Brasil, diante do Cruzeiro.

Felipão sabe como ninguém o peso de duelar contra o rival Corinthians
Felipão sabe como ninguém o peso de duelar contra o rival Corinthians

E ainda seguir a corrida de recuperação no Brasileiro, o time já é quarto colocado, a oito pontos do líder São Paulo.

O Palmeiras é o grande assunto no Parque São Jorge.

O Corinthians é o motivador no Palestra Itália.

Mais uma vez, o destino dos grandes rivais está ligado.

Os dois lados disfarçam.

Mas são poços de ansiedade.

A paz depende de derrotas do maior inimigo...

Conheça a lista das maiores goleadas da Libertadores

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.