Diniz nega realidade. Empate complica São Paulo na Libertadores
O time foi dominado pelo River Plate no Morumbi. Mas teve a ajuda da sorte para empatar em 2 a 2. A tabela, no entanto, é perigosa para o São Paulo
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
O São Paulo está em uma situação difícil na Libertadores.
Depois do empate em 2 a 2, contra o River Plate, no Morumbi, o clube está na terceira posição no grupo D.
O time de Fernando Diniz terá duas partidas fora de casa e apenas uma no Morumbi.
Depois do fraco futebol ontem, dominado pelo River Plate, que não fazia uma partida oficial há seis meses, o clima é de muita preocupação no clube.
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E poderia ter perdido a partida, se não fossem os dois gols contra da equipe argentina.
Além de ser dominado taticamente, os jogadores do São Paulo não demonstraram vibração, intensidade.
Agiram como se estivessem conformados com o empate, com a vaga em risco na Libertadores.
O treinador Fernando Diniz, que também é psicólogo, segue sua cartilha.
Desmente o óbvio.
O que chega a ser sua obrigação, como técnico que tem um resultado comprometedor em casa.
Ele, que já foi flagrado xingando o atacante Luciano, fez questão de elogiar seu time. Até porque precisa de um time de atitude confiante, terça-feira, no Equador, contra a LDU.
"Achei que o time correu, não faltou entrega, deveria ter jogado melhor e poderia ter vencido. Não faltou espírito de luta. Faltou um pouco mais de calma nos lances que a gente teve, e não vacilar nos gols do River.
"É um time que temos de ponderar que foi semifinalista em 2017, campeão em 2018, e em 2019 foi vice jogando melhor do que o Flamengo, tem o mesmo treinador há seis anos, a mesma base e só enriquecendo o elenco nos últimos três anos. Não é algo para desconsiderar.
"Tínhamos de ter vencido e jogamos para vencer, só que a gente não jogou contra qualquer time e acho que tivemos mais chances do que o River."
O treinador usou seu conhecimento como psicólogo para incentivar seus atletas para o jogo decisivo contra a LDU. Uma derrota pode encaminhar a eliminação.
"Acho que o primeiro jogo (na Libertadores) é o que mais pesa. Tivemos uma partida praticamente ganha nas nossas mãos contra o Binacional.
"Naquele jogo, sim, por causa de concentração, e um certo relaxo que tivemos, levamos a virada em Juliaca. Contra a LDU fizemos um dos melhores jogos sob o meu comando."
O único jogador a falar sobre o empate com o River Plate, Igor Gomez, seguiu pela cartilha de Diniz.
Negou o óbvio domínio dos argentinos.
"Acho que é importante ressaltar que pecamos em algumas oportunidades que criamos. Tivemos mais chance de ganhar, do que eles, acredito eu. Acho importante ressaltar que o time deles ficou parado agora, mas eles estão há quase três anos juntos.
"Não posso tirar a responsabilidade de ganhar o jogo, mas faltou talvez um pouco de lucidez para fazer os gols."
A pressão é imensa no Morumbi.
Assim como o medo.
A diretoria exige a classificação para o mata-mata da Libertadores.
Mas o time segue jogando mal.
Inseguro.
Sem postura tática definida.
E com Fernando Diniz desmentindo a realidade...
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