Como Pedro fez o Flamengo virar as costas a Gabigol. E recusar uma proposta de R$ 153 milhões para vender seu artilheiro

A proposta nem chegou para Pedro.

Já ‘morreu’ na direção do Flamengo.

O Notthingham Forest, clube inglês que descobriu o talento dos jogadores brasileiros, tentou a investida.

E forte.

25 milhões de euros pelo artilheiro, R$ 153 milhões, com bônus.

A multa de Pedro é de 100 milhões de euros, cerca de R$ 613 milhões.

E a direção o considera mais importante, inclusive, que Arrascaeta, De La Cruz, Gerson.

Gabigol?

É tratado com consideração, mas como um atleta que vive seus últimos dias no clube.

E nada vai ser capaz de mudar essa situação.

São vários motivos que fizeram com que Pedro tirasse o brilho daquele que era o maior ídolo da Gávea.

O primeiro foi a postura do próprio Gabigol.

Ele se sentia absoluto, intocável.

Foi o grande artilheiro entre as Copas de 2018 e 2022.

Nenhum brasileiro marcou mais do que ele.

Decidiu a Libertadores de 2019, com dois gols, em uma virada histórica contra o River Plate.

E fez gols na decisão de 2021.

Fora as finais de Carioca, Recopa, Supercopa do Brasil...

Era cultuado.

E abusou.

Decidiu se lançar como cantor.

Mudando seu nome para Lil Gabi.

Fez festas e mais festas.

E ficou profundamente abalado ao não ser chamado para a Copa de 2022.

Ele sonhava em disputar um grande Mundial e voltar à Europa, onde fracassou na Inter de Milão e no Benfica.

Com Tite o desprezando antes mesmo de formar seu grupo definitivo, Gabigol se vingou.

Comandando um coro de torcedores que xingou o treinador, na comemoração do tri da Libertadores.

Fora do Mundial, o vigor físico do atacante decaiu.

A imprensa carioca percebeu que ele sentiu o golpe por não ter ido ao Catar, mesmo com Tite levando nove atacantes.

Foi enorme injustiça do treinador.

Para má sorte de Gabigol, depois do fracasso no Mundial, Tite quebrou a própria palavra e voltou a trabalhar em 2023.

No Flamengo.

Logo apontou a direção do banco de reservas para o ídolo.

Além da revanche pessoal havia a explicação tática coerente.

O técnico usa só um atacante definidor.

Não fez o menor esforço para combinar o potencial de Gabigol com o de Pedro.

Aliás, o jogador ganhou um banho de euforia com a chegada de Tite.

Teve todas as regalias que queria para atuar à frente, com um ou dois atacantes pelos lados do campo.

E mostrou todo seu poder definidor.

Antes disso, o Palmeiras chegou a oferecer R$ 110 milhões pelo jogador.

À vista.

Ele estava desgostoso, reserva, em janeiro de 2022.

Mas aos poucos foi se impondo, enquanto Gabigol se afundava, deprimido, por ver que seus planos fracassaram.

Nada de Copa do Mundo.

Nenhuma oferta de qualquer clube gigante europeu.

Foi quando realmente se tornou irritadiço.

Se recusou de maneira infantil a fazer antidoping surpresa.

E acabou suspenso.

Entra em campo graças a um efeito suspensivo.

Mesmo assim, em baixa, pediu 8 milhões de euros, atuais R$ 49 milhões, como luvas.

E mais R$ 2 milhões mensais para renovar com o Flamengo.

Contrato de cinco anos.

A diretoria, para não entrar em choque com a torcida, ofereceu o que sabia que o jogador não aceitaria.

Propôs R$ 2 milhões. Mas sem luvas e contrato de um ano.

Gabigol recusou.

E desde então não houve mais conversa.

Seu estafe conversou e deixou a situação adiantada com o Palmeiras.

O clube e o jogador combinaram conversar só depois que o contrato dele acabar com o Flamengo, em janeiro de 2025.

Depois, apareceu em uma festa com a camisa do Corinthians.

Ofensa à torcida flamenguista.

Enquanto isso, Pedro só cresce.

Além de artilheiro do Brasil, ele será titular da Seleção Brasileira de Dorival Júnior.

O treinador se arrependeu de não convocá-lo para a Copa América.

Enquanto isso, Gabigol tem até a sua posição de reserva fixo de Pedro ameaçada por Carlinhos.

Mas para 2025, a direção quer Gonzalo Plata no lugar de Gabigol.

Está lutando com os dirigentes do Al-Sadd.

O equatoriano de 23 anos já desprezou o acordo verbal com o Corinthians, sonhando com a Gávea.

Pedro está cada vez mais valorizado.

Enquanto Gabigol perdeu o protagonismo, a idolatria.

Culpa de Tite.

Do excelente futebol de Pedro.

E, principalmente, dele mesmo.

Que não teve força mental para suportar os trancos que a vida lhe deu.

O tirando da Copa do Mundo do Catar.

E trazendo o treinador que o desprezou para a Gávea...

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Após a vitória contra o Bragantino, jogadores do Rubro-Negro já voltaram às atividades; Gabi e Pedro iniciaram a transição para o campo.