Com futebol burocrático, Palmeiras bate Santo André. É semifinalista
Sem dribles, imaginação, personalidade de seus articuladores, o Palmeiras sofreu, mas venceu o enfraquecido Santo André, que perdeu 11 jogadores
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
Foi sofrido, suado, tenso.
O Palmeiras venceu o Santo André nos últimos minutos de jogo.
Ganhou do time que não teve dinheiro para segurar 11 atletas durante a pandemia. Quatro deles eram titulares.
Gols de Felipe Melo, aos 42 minutos e de Marcos Rocha, aos 48 minutos do segundo tempo, na arena palmeirense.
O time de Vanderlei Luxemburgo está na semifinal do Campeonato Paulista.

Só que sentiu demais a ausência de um jogador criativo, talentoso e de personalidade, capaz de driblar, desmontar o muito organizado sistema defensivo do Santo André. Como um tal de Dudu, que foi para o Qatar emprestado.
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A equipe teve posse de bola, mas faltou penetração, triangulações pelas laterais, dribles. Foi previsível, monótona. Caminhava firme para o 0 a 0, até que em um escanteio, Felipe Melo cabeceou forte e a bola desviou no peito do zagueiro Rodrigo e deslocou o goleiro Ivan, 1 a 0, aos 42 minutos.
Seis minutos depois, com o Santo André escancarado, buscando o empate, Marcos Rocha, pegando o rebote de Ivan, depois de chute forte de Zé Rafael, marcou 2 a 0.
Luxemburgo fez o de sempre.
Valorizou a vitória, como se o Palmeiras tivesse jogado muito bem, viu méritos no adversário batido. Segue o rei do marketing próprio no futebol brasileiro.
"Foi um jogo que sabíamos que seria muito difícil. Tiveram (o Santo André) um campeonato bom, mudaram quatro ou cinco jogadores, mas mantiveram um time equilibrado."
"Entrei com uma equipe mais sólida no meio-campo para não cometer tanto erro, para jogar o time dele para trás."
"Aí fui deixando o time mais leve com Lucas Lima, Scarpa e Willian. Aí eles começaram com um contra-ataque mais perigoso, coloquei o Felipe onde ele sempre jogou e o Bruno saindo mais pro jogo."
"Foi um jogo de estratégia, de classificação."
"Viu o que aconteceu com o São Paulo (eliminação para o Mirassol)."
"Se o time toma um gol é difícil virar..."

O Palmeiras chegou, durante a partida, a ter 74% de posse de bola.
Mas foi um domínio estéril, sem criatividade, sem encurralar o Santo André.
Troca de passes burocrática na intermediária.
E contra um adversário sem o potencial, a vibração, a força que tinha antes da pandemia.
Como o Mirassol, o Santo André teve de abrir mão de grande parte do seu elenco, por conta da pandemia esticar o Paulista. Os contratos venciam em abril, quando o campeonato deveria ter acabado.
O técnico Paulo Roberto Santos fez o que pôde.
Montou uma equipe com muita marcação e que atacava esporadicamente, e com poucos jogadores.
A determinação era mesmo segurar o 0 a 0.
Essa falta de ambição ajudou o Palmeiras, que teve muito maior posse de bola.
Mas tinha uma dificuldade incrível de criar chances de gol.
O jogo se encaminhava para a decisão por pênaltis, quando Felipe Melo foi oportunista e marcou, depois da cobrança de escanteio.
O gol, aos 42 minutos do segundo tempo, foi um castigo para o Santo André.
Seus jogadores desarticularam o sistema defensivo e partiram para tentar empatar a partida.
Facilitaram a vida do Palmeiras.

Marcos Rocha pegou o rebote de Ivan, em chute de Zé Rafael, e decidiu de vez a partida.
O Palmeiras terá de melhorar muito para ser campeão paulista.
Luxemburgo disfarça, mas sabe disso.
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