Bilionária CBF acorda. Evita o caos. E salva clubes das Séries C e D
Entidade entendeu a crise que o coronavírus provocou. E como a perspectiva de volta do futebol é só em maio, doou R$ 19 milhões aos clubes
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
A empresa que fatura R$ 957 milhões pode abrir mão de R$ 36 milhões.
Ainda mais pressionada pela opinião pública.
Com medo de crise e intervenção do governo federal.
A bilionária CBF acordou.
E decidiu fazer sua obrigação.
Ajudar os mais necessitados no futebol brasileiro, paralisado pela pandemia do coronavírus.
Os clubes das Séries D e C.
E o futebol feminino.
Até porque, os times sem dinheiro, por falta de partidas, poderiam dispensar seus atletas. E pedir licença das disputas em 2020. Seria a desmoralização do esporte no país.
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De quebra, ajudará também as Federações, que embora não estejam em crise, deixam de ganhar sem as partidas de futebol. E, cujos presidentes, elegem o presidente da CBF.
Serão dois meses da média do que os jogadores e jogadoras recebem.
Assim será a partilha.
– Para os 68 clubes da Série D, o auxílio individual será de R$ 120.000,00 (Cento e vinte mil reais), num total de R$ 8.160.000,00 (Oito milhões, cento e sessenta mil reais).
– Para os 20 clubes da Série C, o auxílio individual será de R$ 200.000,00 (Duzentos mil reais), num total de R$ 4.000.000,00 (Quatro milhões de reais).
– Para os 16 clubes da Série A1 do Campeonato Brasileiro Feminino, o auxílio individual será de R$ 120.000,00 (Cento e vinte mil reais), somando R$ 1.920.000,00 (Um milhão, novecentos e vinte mil reais).
– Para os 36 clubes da Série A2 do Campeonato Brasileiro Feminino, o auxílio por clube será de 50.000,00 (Cinquenta mil reais), com o desembolso total, pela CBF, de R$ 1.800.000,00 (Um milhão e oitocentos mil reais).
– Para as Federações Estaduais, são R$ 120.000,00 (Cento e vinte mil reais) por entidade, num total de R$ 3.240.000,00 (Três milhões, duzentos e quarenta mil reais).
A CBF anunciou também outras medidas.
– Isenção por tempo indeterminado aos clubes das taxas de registro e transferência de atletas. A medida deve gerar aos clubes uma economia em torno de R$ 4.000.000,00 (Quatro milhões de reais) nos primeiros três meses de aplicação.
– Adiantamento de uma parcela de R$ 600.000,00 (Seiscentos mil reais) para os clubes da Série B do Campeonato Brasileiro referentes aos direitos de TV da competição, feito com recursos próprios da CBF, no valor total de R$ 12.000.000 (Doze milhões de reais).
– Adiantamento aos árbitros do quadro nacional do pagamento de uma taxa de arbitragem, calculada a partir da maior taxa paga pela CBF em 2019 para sua categoria, no valor total de R$ 900.000,00 (Novecentos mil reais).
"Com isso, as doações e isenções da CBF aos clubes e Federações alcançam R$ 23.1 milhões."
"Somadas aos R$ 12,9 milhões (Doze milhões e novecentos mil reais) em adiantamentos, as ações da CBF representam um total de R$ 36 milhões", publica o site oficial da entidade.
O presidente Rogério Caboclo está antecipando, de forma sutil, o que ele sabe. O futebol voltará, na melhor das hipóteses, no final de maio.
Ou seja, os clubes da Série D e C, mais o futebol feminino, entrariam em colapso.
Seria um caos, a desmoralização da entidade.
Mesmo agindo estrategicamente na doação, utilizando o salário registrado na carteira profissional, e não levando em conta o direito de imagem, a atitude da CBF é providencial.
Jogadores, jogadoras, árbitros e dirigentes imploravam a ajuda há pelo menos três semanas.
A cúpula da CBF entendeu que a mesquinharia não levaria a nada.
Só à crise.
E talvez até intervenção federal, o que é tudo que Caboclo não quer nem pensar.
Em 2019, a CBF faturou R$ 957 milhões....
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