Barcelona? PSG? Conversa entre pai de Neymar e Leonardo definirá

O melhor jogador brasileiro tem a possibilidade de voltar ao Barcelona. Ou seguir no PSG. Seu destino passa por reunião entre seu pai e Leonardo

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

18/06/2019 - 12h01 (Atualizado em 21/02/2024 - 16h21)

São Paulo, Brasil

Neymar de volta para o Barcelona.

Este seria o melhor que poderia acontecer na vida do melhor jogador do futebol brasileiro.

Por exemplo, é o sonho de Tite.

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Neymar era outro quando estava seguindo a rígida cartilha de comportamento do Barcelona.

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A libertinagem do PSG só trouxe prejuízos à carreira, à vida do atacante de 27 anos.

O próprio jogador sabe que era feliz e não sabia.

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Mesmo abaixo de Messi, ele formava um trio excepcional com o argentino e o uruguaio Suárez. Além de tudo que faziam em campo, se tornaram grandes amigos, parceiros.

O brasileiro tinha dois defensores ferrenhos nos dois companheiros de ataque.

Além disso, contido pela seriedade em todos os momentos que o Barcelona exige, Neymar ganhava respeitabilidade como jogador, como pessoa.

Sem freios no PSG, nunca ganhou tanto dinheiro na vida, mas jamais perdeu tanta credibilidade como jogador.

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Ele queria ser protagonista, brigar para ser o número um do mundo, agora lutaria para ficar entre os dez.

Sua decadência neste dois anos foi assombrosa, atrapalhada, evidente, por duas fraturas no quinto metatarso do pé direito, o que é péssimo para qualquer jogador.

Mas foi fora do campo, que ele dizia que não afetava sua carreira, que Neymar sabotou de vez seu status como jogador. As farras tolas, infantis, todas registradas por ele mesmo no Instagram.

Desafiador, deixava claro que ninguém o seguraria, faria tudo que tivesse vontade fora do campo, longe dos treinos. Muletas e pé fraturado não seriam obstáculos para suas festas.

Até que veio a acusação de estupro e agressão. As imagens registradas por Najila Trindade ganharam o planeta. E registram o jogador sendo estapeado por uma garota que pagou passagem e hospedagem em Paris. Para que tivessem o encontro erótico prometido por ela, em trocas de mensagens que se tornaram públicas.

Madrid é uma cidade conservadora. E que tem ainda nos mais velhos lembranças vivas do ditador Francisco Franco. O Real Madrid é o clube que representa a capital espanhola no mundo.

Florentino Pérez é o presidente da equipe mais vencedora do mundo. E tem como hábito usar todo o potencial econômico do Real para contratar 'galácticos'. Ele quis muito contratar Neymar, que chegou a treinar no clube, quando era garoto, mas foi dispensado.

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Só que Zinedine Zidane se colocou contra. Diante tudo o que o brasileiro fez fora do campo. O francês é muito rígido e não tolera os exageros adolescentes, irresponsáveis de Neymar.

A confusão envolvendo Najila foi demais para o treinador, para o dirigente, para a conservadora diretoria do Real Madrid, e ele foi esquecido, apesar do seu talento.

O outro clube que não passa um dia sem que o nome de Neymar seja citado é o Barcelona, de onde saiu muito mal.

Apesar da passagem vitoriosa, saiu pela porta dos fundos, como se fosse um traidor.

Por conta de seu pai acertar a transferência com o PSG, com o pagamento da multa de 222 milhões de euros, cerca de atuais R$ 969 milhões.

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Além da desilusão de ver um jogador importante virar as costas para a Catalunha, o pai de Neymar ainda entrou na justiça, processou o Barcelona.

Exige na justiça o bônus pela renovação do contrato de 28 milhões de euros, cerca de R$ 122 milhões. O compromisso não foi cumprido até o final, já que o PSG pagou a multa. Mas há como brigar pelo dinheiro.

Além de aceitar também uma drástica redução de salário. Ele é o jogador que mais ganha na França, 3,06 milhões de euros, cerca de R$ 13,3 milhões por mês, de acordo com o L'Equipe.

A cada bobagem que Neymar aprontava, lá estavam Messi e Suárez para defendê-lo. Ou seja, a dupla, melhor do que ninguém sabe da falta que ele fez nestas duas últimas temporadas.

E o quer de volta.

O presidente Josep Maria Bartomeu estaria disposto a perdoar sua traição.

Desde que o PSG aceitar receber bem menos do que os 222 milhões de euros que pagou pelo brasileiro. O meia-campista Phillippe Coutinho, o zagueiro Umtiti, o atacante Dembélé e o meio-campista Rakitic.

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O time francês teria a livre escolha entre os quatro o jogador ou os jogadores que o interessar, para amortizar o preço de Neymar.

Poderia até repassar Antoine Griezmann, jogador que não mais defenderá o Atlético de Madrid, e teria contrato assinado com o clube catalão.

Só que o PSG acaba de contratar o ex-jogador brasileiro Leonardo para administrar o futebol do clube.

E ele não tem nada de imbecil.

Sabe do excelente potencial de Neymar.

Se ele estiver focado, jogando para o time e esquecer as farras, é um jogador fundamental para o PSG.

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Além disso, Mbappé, pretendido pelo Real Madrid, já avisou que, para continuar, exige a permanência de Neymar, de acordo com o jornal francês Le Parisien.

O time será reforçado para esta temporada, 2019/2020 para seguir com sua obsessiva luta pela conquista da Champions League.

O zagueiro holandês De Ligt está para ser anunciado. O goleiro De Gea recusou renovar contrato com o Manchester United e negocia com o clube francês. Independente de Neymar, o PSG quer Phillipe Coutinho do Barcelona.

O dono do PSG, o qatariano Nasser Al-Khelaifi, já avisou que exige que Neymar pare de se comportar como uma celebridade. E aja como um atleta.

Al-Khelaifi tem, em última e na primeira instância, todo o poder para segurar o brasileiro até 2022.

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Neymar assinou com o clube por cinco anos.

E na França não há a exigência de o jogador ter seu preço fixado.

Ou seja, quem define quanto o PSG pode cobrar por Neymar, é o dono do clube. Se ele decidir que o preço é de dois bilhões de euros, tem o direito de exigir essa quantia absurda, que clube algum pagaria. E reter o brasileiro até o final de seu contrato.

O que pesa contra a permanência do jogador na França são suas ausências. Ele atuou apenas 51% das partidas do PSG, desde que foi contratado. Contusões, suspensões, convocações pela Seleção, dispensas.