'2 a 0 foi uma pancada muito forte. Também gostaria de saber o que fazer.' Vítor Pereira assume o caos diante do Flamengo
Treinador português estava abalado. Admitiu a superioridade do Flamengo sobre o Corinthians. E sonha com Willian e Renato Augusto para tentar a utopia no Maracanã, reverter a derrota por 2 a 0 e sobreviver na Libertadores
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil.
"Acho que competimos no primeiro tempo, em que o Flamengo conseguiu ser superior. Foi competitivo, sem bola conseguimos pressionar, não deixamos colocar muito a qualidade que tem, é perigosíssima em transição, mas insistimos no corredor da bola, e o jogo se tornou um ganha e perde."
"Até o gol."
"O gol foi uma pancada forte, numa bola aparentemente controlada, em que devíamos ter decidido melhor. Jogo feito de detalhes. Quando eles tiveram uma verdadeira oportunidade, fizeram o gol."
Vítor Pereira até tentou disfarçar, reconheceu a superioridade do Flamengo, mas sabe que a classificação para a semifinal da Libertadores da América é quase uma utopia depois da derrota por 2 a 0, ontem, em Itaquera.
A decisão será na próxima terça-feira, em pleno Maracanã.
O treinador português mostrava toda a sua frustração pela derrota em Itaquera, após seis meses de invencibilidade.
"Senti que a equipe se perdeu. Eles nos pressionaram, têm qualidade individual e coletiva, não conseguimos reagir. O 2 a 0 foi uma pancada muito forte."
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Vítor Pereira apostou na mocidade de Gustavo Mosquito e Adson. Ele quer, de qualquer maneira, a experiência, a vivência de Willian na revanche do Maracanã. Se puder contar com a recuperação de Renato Augusto, o treinador vai colocá-lo.
"Também gostaria de saber como vou resolver [reverter a desvantagem]. Custa muito, estou um bocadinho em choque de realidade. Custa muito, custa muito perceber que de fato não é fácil reverter uma situação dessas na Libertadores. Temos que ir lá competir, dar o nosso melhor, procurar perceber o jogo melhor do que hoje", lastimava.
A derrota foi devidamente repassada pelo treinador a seus jogadores. Lastimou demais não ter Willian, contundido.
"O Willian poderia nos dar hoje um extra, algo a mais, estamos com dificuldades na frente. Adson hoje sentiu qualquer coisa, não sei. Gustavo veio de 90 minutos há três dias, teve dificuldade de se recuperar. Tínhamos o Giovane para jogar como externo, a única solução, e tínhamos o Róger, que pode jogar como externo, mas como externo não defende o corredor como acho que tem que ser defendido. Passamos o Yuri no corredor e deixamos o Róger mais centralizado. O Yuri, como externo, não consegue dar o que queremos", admitiu.
A situação do Corinthians na Libertadores é desanimadora.
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