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Leões de Paraisópolis: Time de rúgbi mostra comunidade para All Blacks

Brasil enfrenta conhecido selecionado Maori, da Nova Zelândia, em uma partida amistosa neste sábado (10), no estádio do Morumbi, em São Paulo

Olimpíadas|André Avelar, do R7

Crianças tiveram oportunidade de jogar contra All Blacks Maori em Paraisópolis
Crianças tiveram oportunidade de jogar contra All Blacks Maori em Paraisópolis Crianças tiveram oportunidade de jogar contra All Blacks Maori em Paraisópolis

O campo era de futebol, mas isso não importava. O que valia mesmo na última sexta-feira (9), no campo do Palmeirinha, era aplicar no rúgbi valores muito desenvolvidos em uma comunidade como a de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo. Em um esporte que se caminha para frente tocando a bola apenas para o lado ou para trás, contar com o companheiro é a melhor opção. 

E justamente com Robert Tenório, um dos Leões de Paraisópolis, como o time de rúgbi da comunidade é conhecido, a seleção brasileira entra em campo neste sábado. O time enfrenta os All Black Maori, um conhecido selecionado da Nova Zelândia, principal potência do esporte, a partir das 19h (de Brasília), no estádio do Morumbi.

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Joel e Robson são parte dos 'Leões de Paraisópolis'
Joel e Robson são parte dos 'Leões de Paraisópolis' Joel e Robson são parte dos 'Leões de Paraisópolis'

Na véspera do histórico jogo para o esporte no Brasil, cerca de 80 crianças do projeto “Rugby Para Todos” tiveram a oportunidade de trocar passes e, por que não?, até derrubar um dos atletas profissionais que estavam no campo. Ali, ao mesmo tempo, estava o respeito e a admiração pelo adversário. Apesar do intenso contato físico, raramente alguma jogada desleal é registrada no jogo.

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“Aqui é normal, tanto dentro quanto fora do campo, de levar um tackle [ser parado pelo adversário] e aguentar firme. A gente sabe que se perder a cabeça, só vai atrapalhar o time”, diz Robson de Moraes, de 20 anos, morador da comunidade, ainda nas categorias de base da seleção brasileira.

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“A importância do esporte está em desenvolver a disciplina. Mesmo quando você toma um tackle duro, você volta para o jogo, sem querer descontar no adversário”, disse Joel dos Santos, de 18 anos, também no caminho para a profissionalização.

Thompson se disse surpreendido com conhecimento dos brasileiros sobre rúgbi
Thompson se disse surpreendido com conhecimento dos brasileiros sobre rúgbi Thompson se disse surpreendido com conhecimento dos brasileiros sobre rúgbi

Os Maori chegaram antes das 9 horas da manhã ao campo, muito conhecido pelo futebol de várzea, verdadeiramente admirados com a empolgação dos jovens. A ideia que os jogadores tinham do Brasil ainda era de um país que só conhecia o futebol.

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Ao mesmo tempo em que Rob Thompson dava esta entrevista, cinco goleiros do próprio Palmeirinha já observavam as atividades de rúgbi com os braços cruzados e os olhares desconfiados. Era como se gostassem do atraso provocado pela equipe da Nova Zelândia.

“Isso aqui é incrível. Sabemos que a seleção deles é a atual campeã continental, mas não esperávamos essa movimentação. Isso aqui é incrível, ainda mais em um cenário como esse. Estamos realmente tocados com o que aconteceu hoje aqui”, disse Thompson.

Crianças e jovens comemoram visita dos All Blacks no campo do Palmeirinha
Crianças e jovens comemoram visita dos All Blacks no campo do Palmeirinha Crianças e jovens comemoram visita dos All Blacks no campo do Palmeirinha

Um dos criadores do projeto que não se cansa de entregar jogadores para a seleção brasileira, Maurício Draghi, chegou a ficar emocionado com a presença dos Maori no campo de tantas e tantas batalhas. Para ele, os Leões de Paraisópolis conquistaram terrenos inimagináveis com a visita. 

“Receber os caras aqui é surreal. Eles são lendas, são embaixadores do esporte e estavam no nosso campo dividindo a cultura deles”, completou.

“O primeiro objetivo era apresentar e popularizar o esporte, mas logo vimos que tínhamos muito mais a fazer ainda. Havia uma questão social que estava envolvia. Depois de 14 anos, essas crianças viraram adultos e tentamos mostrar o esporte como uma profissão, seja como atleta ou professor”, complementou.

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