Empresário de Demian relata fase crítica de mudança de categoria no UFC: "Somos julgados pela última luta"
Eduardo Alonso é apontado como responsável por dar suporte no pior momento do atleta
Mais Esportes|Diego Ribas, do R7, em Barueri

Durante o anúncio oficial do UFC Barueri, ainda em agosto, o meio-médio (77 kg) Demian Maia surpreendeu os presentes ao revelar que chegou a pensar em parar de lutar depois de encarar uma série de problemas pessoais, que incluíram uma derrota no octógono, um assalto a mão armada e a interrupção da gestação daquele que seria o seu segundo filho.
Como o próprio atleta revelou, seu empresário, Eduardo Alonso, foi o grande responsável pela guinada em sua carreira que passou de instável entre os médios (84 kg) para um aspirante ao cinturão na categoria de baixo. E, curiosamente, como o próprio manager revelou ao R7, nada precisou ser verbalizado.
— Na época, ele não mencionou que queria parar, mas no semblante dele víamos que estava angustiado. No MMA, infelizmente, somos julgados pela última luta. Naquele momento, era muito diferente de hoje, quando a fase é boa e todos tratam bem. As críticas eram fortes e existia dúvida até entre os patrocinadores. Tinha também a descrença com o meu trabalho, já que eu havia acabado de me desligar do Shogun.
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Afirmando que uma derrota de Demian em sua estreia na nova divisão poderia comprometer não apenas a sua carreira, mas talvez até mesmo abreviar suas atividades como manager de atletas, Eduardo relatou que a mudança era necessária, e iniciou com a reformulação da equipe.
— Conversamos seriamente e eu pedi a oportunidade para fazer um trabalho mais amplo, algo que eu já tinha feito com outros atletas, e que eu achava que seria preciso. Pedi um voto de confiança, que me foi dado. Formamos uma equipe nova, ficou apenas o Wagner Motta, que é fundamental.
O cenário para o novo passo ia além da pressão de fãs e patrocinadores. Estreando entre os meio-médios, Demian vinha de uma cirurgia na mão para enfrentar o embalado Dong Hyun Kim, rival de Erick Silva nesta quarta-feira, sem nunca ter batido o peso limite da divisão.
— Faltavam seis semanas e meia para a luta quando reestruturamos o camp, e ele vinha de um teste mal sucedido de corte de peso. Puxei essa frente para gerenciar o camp, e ainda bem que deu tudo certo. Foi muito trabalho.