Comitê Internacional libera russos como atletas neutros para Paralimpíada de Paris-2024

Esportistas da Rússia vêm enfrentando restrições em diversas competições internacionais desde o início da guerra com a Ucrânia

29/09/2023 - 13h31 (Atualizado em 29/03/2024 - 09h49)

O Comitê Paralímpico Internacional decidiu nesta sexta-feira (29) permitir que atletas russos participem dos Jogos Paralímpicos de Paris-2024. Os esportistas da Rússia, que vêm enfrentando restrições em diversas competições internacionais desde o início da guerra com a Ucrânia em fevereiro do ano passado, poderão disputar o grande evento como atletas neutros.

A decisão foi tomada após votação na assembleia-geral do Comitê, realizado nesta sexta em Manama, capital do Bahrein. Por 74 a 65 votos, a entidade decidiu não suspender a delegação russa. Na sequência, os membros do Comitê Paralímpico Internacional votaram, por 90 a 65, a favor de suspender "parcialmente" o país até 2025.

A entidade alegou que a Rússia foi parcialmente suspensa devido a "infrações em suas obrigações constitucionais como membro" do Comitê. As mesmas votações terão Belarus como protagonista ainda nesta sexta. O país é o principal aliado da Rússia na invasão à vizinha Ucrânia.

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Segundo o comitê, os russos "estarão elegíveis para participar de forma individual e neutra" na Paralimpíada e outros eventos geridos pela entidade. Pela definição, somente os atletas poderão competir nas provas individuais. As equipes russas foram vetadas das modalidades coletivas, caso do futebol, basquete, vôlei, entre outros.

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A decisão, considerada tardia, já deve reduzir por si só a delegação russa na Paralimpíada, uma vez que muitos atletas russos não chegaram a disputar eventos pré-olímpicos e classificatórios nos últimos meses.

A Rússia poderá recorrer desta decisão na corte do próprio Comitê Paralímpico Internacional. O tribunal já havia alterado decisão da entidade, a favor da suspensão, em maio deste ano.

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A decisão desta sexta-feira pode abrir precedente para o Comitê Olímpico Internacional (COI), que ainda não se manifestou oficialmente sobre a situação dos russos quanto à participação deles na Olimpíada de Paris-2024.

Quem é a primeira mulher a testar um Fórmula 1 em cinco anos, que já foi até dublê em '007'?

Depois de um jejum de quase cinco anos, a Fórmula 1 voltou a contar com uma mulher durante os testes das equipes. A britânica Jessica Hawkins, pela Aston Martin, pilotou o modelo usado pela escuderia em 2021, em Budapeste, no circuito de Hungaroring. Ela dividiu o monoposto com o brasileiro Felipe Drugovich, que também é piloto de testes da equipe e é cotado para substituir o americano Logan Sargeant, da Williams, em 2024. Conheça a piloto:

A piloto de 28 anos completou 26 voltas no circuito húngaro, com pista molhada, e foi elogiada por Robert Sattler, diretor do Programa de Evolução da Aston Martin. "Jessica aumentou progressivamente a velocidade em uma pista complicada enquanto gerenciava perfeitamente a complexidade do carro AMR21", disse. Depois de poucas voltas, a pista já estava seca e a britânica fez um trabalho ainda melhor, o que fez com que o diretor afirmasse que espera "vê-la no carro novamente em breve"

Após completar o teste, Jessica agradeceu a oportunidade da equipe que acreditou nela. "Precisei dar o meu sangue, meu suor e minhas lágrimas para chegar aqui. Quando ouvi pela primeira vez que poderia ser uma possibilidade, mal pude acreditar", afirmou. Em maio de 2021, ela foi convidada pela Aston Martin para ser embaixadora da equipe. De lá, a britânica tem ganhado cada vez mais espaço e costuma frequentar os GPs da Fórmula 1

Jessica Hawkins sonha com uma chance de pilotar na Fórmula 1. A categoria não tem uma mulher no grid desde que Lella Lombardi disputou parte da temporada 1976, mas a FIA e a F1 lançaram o projeto F1 Academy para incentivar a participação feminina no automobilismo, além de terem a chance de alcançarem a elite. "Valeu muito a pena, e me deu percepções muito valiosas. Nada vai se comparar à aceleração e à frenagem de um carro de F1. Analisando os dados, estou muito orgulhosa da minha performance", completou

A carreira da britânica no automobilismo começou no kart, como acontece com a maioria dos pilotos de alto nível. Em 2014, ela venceu o Campeonato Britânico e recebeu a chance de pilotar na Fórmula Ford Britânica. Nos anos seguintes, continuou em categorias de base do Reino Unido. Em 2019, ingressou na W Series, categoria exclusiva de mulheres que por falta de recursos financeiros deixou de existir antes do fim da temporada de 2022. Jessica conquistou um pódio em Miami

Atualmente, Jessica disputa em categorias de protótipo. Em agosto, ela conquistou um troféu com uma equipe de estudantes de esportes a motor

Fora da Fórmula 1, Jessica tem um currículo curioso. Ela foi dublê de piloto do filme de ação "007 - Sem Tempo para Morrer", lançado em 2021, que é protagonizado pelo personagem James Bond. A cena em que a piloto participou foi considerada uma das mais inovadoras de perseguição

Além de Jessica Hawkins, Jamie Chadwick é outra piloto que foi revelada pela categoria W Series e assinou com uma equipe de Fórmula 1. A tricampeã da categoria faz parte de um programa da Williams, mas ainda não teve a oportunidade de pilotar o monoposto

Antes de Jessica, a última piloto a participar de testes na Fórmula 1 foi a colombiana Tatiana Calderon. Em outubro de 2018, ela guiou a Sauber C37, hoje Alfa Romeo, pelo circuito Hermanos Rodriguez, na Cidade do México

Depois de um jejum de quase cinco anos, a Fórmula 1 voltou a contar com uma mulher durante os testes das equipes. A britânica Jessica Hawkins, pela Aston Martin, pilotou o modelo usado pela escuderia em 2021, em Budapeste, no circuito de Hungaroring. Ela dividiu o monoposto com o brasileiro Felipe Drugovich, que também é piloto de testes da equipe e é cotado para substituir o americano Logan Sargeant, da Williams, em 2024. Conheça a piloto: