O tênis brasileiro teve mais um caso de doping. A atleta Camila Bossi, de 16 anos, foi flagrada em exame durante torneio disputado entre 25 e 31 de março, em São Paulo. A punição é retroativa à data do torneio em que foi flagrado o doping. A suspensão, portanto, foi encerrada no fim de setembro. Assim, ela já pode voltar às competições. O advogado também já pronunciou sobre o caso.
O exame detectou a presença de Enobosarm – substância do tipo SARM S-22, proibida pela entidade. As amostras são do mesmo resultado da tenista Beatriz Haddad Maia, número 1 do Brasil. Ela está suspensa provisoriamente desde julho e ainda aguarda a decisão final da ITF (Federação Internacional de Tênis) sobre o seu caso.
O advogado da tenista, Thomaz Mattos de Paiva, afirmou que tomará medidas judiciais contra a farmácia, responsável pela elaboração do resultado. Além disso, ressalta que a substância entra livremente no Brasil.
– Infelizmente hoje temos um problema sério de contaminação, mais sério ainda por ser por SARM, que é uma droga que não é aprovada em nenhum lugar do mundo e entra livremente no Brasil. E está sendo usado largamente em farmácias de manipulação do País – declarou ao "Estadão".
O advogado também ressaltou que Camila consumia os suplementos por indicação médica.
– Foi apurada a contaminação em suplementos da atleta. Ela manipulava (consumia) por indicação médica, por ter algumas peculiaridades em termos de acompanhamento de saúde – explicou.
Camilla Bossi tem trajetória ainda discreta entre os juvenis do Brasil. Já foi a 465ª do ranking da ITF, no início de março de 2019. Atualmente, sem poder jogar nos últimos meses, caiu para o 1000º posto.