Suspeito de receber propina em esquema da Fifa comete suicídio

Argentino Jorge Delhon se jogou na linha do trem na cidade de Lanús

Futebol|Osvaldo Albuquerque, Do R7

15/11/2017 - 09h55 (Atualizado em 20/04/2024 - 16h27)

O lado obscuro do futebol ganhou um novo e triste capítulo. Acusado por Alejandro Burzaco de receber propina em esquema de corrupção no futebol da América do Sul, Jorge Delhon se matou na noite do último dia 14, em Lanús.

No mesmo dia ele viu seu nome ser citado em audiência no Tribunal Federal do Brooklyn. As informações são do diário argentino "Clarín".

Delhon era advogado e deixa quatro filhos. Nas acusasões a ele proferidas estariam elvolvidos também Júlio Grandona (ex-presidente da AFA - Associação do Futebol Argentino) e Pablo Paladino, coordenador de futebol do órgão. Outros dirigentes do futebol sul-americano também foram acusados do mesmo crime.

Delhon ocupou durante o governo de Cristina Kirchner o cargo de Chefia de Gabinete entre 2012 e 2015. O profissional também atuou no programa governamental "Fútbol para todos" que cuidava dos direitos de transmissão do futebol no País. Os valores recebidos seriam de US$ 4 milhões de dólares (cerca de R$ 14 milhões) entre 2011 e 2014.

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Informações publicadas pelo "Clarín" garantem que a polícia local confirmou a morte em frente ao número 3251, nas proximidades do Aeroporto Internacional da capital argentina.

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O dia 27 de maio de 2015 ficará marcado para sempre na história do futebol. Infelizmente, não pelo nascimento de um novo craque. Em uma minuciosa operação orquestrada pelo FBI, a polícia suíça prendeu em Zurique sete dirigentes da Fifa e cinco executivos do alto escalão esportivo acusados de extorsão e corrupção nos bastidores do futebol. Entre eles estava o ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), José Maria Marin

29 de maio de 2015. Dois dias depois do escândalo, o presidente
da CBF, Marco Polo Del Nero, deixou a capital da Suíça às pressas e retornou ao
Brasil com o pretexto de “prestar esclarecimentos às autoridades e à imprensa”.
Desde então, o cartola não deixou mais o País e, assim, conseguiu evitar a
prisão no exterior já que foi indiciado pelo FBI

29 de maio de 2015. Na mesma data, a escolha do novo
presidente da Fifa ocorreu normalmente em Zurique e Joseph Blatter foi
reeleito, em sistema de voto secreto, para o seu quinto mandato

2 de julho de 2015. Departamento de Justiça dos Estados
Unidos formalizou o pedido oficial de extradição de José Maria Marin (esq.) e
outros seis dirigentes da Fifa presos na Suíça

17 de setembro de 2015. Na onda do escândalo, dois
importantes dirigente da Fifa deixaram a entidade. Walter De Gregorio, diretor
de comunicação, e Jérome Valcke (foto), secretário geral

3 de novembro de 2015. José Maria Marin, ex-presidente da CBF, foi extraditado para os EUA.
O cartola cumpre prisão domiciliar em seu apartamento na 5.ª Avenida, em uma
das regiões mais valorizadas de Nova York

3 de dezembro de 2015. Marco Polo Del Nero e o ex-presidente
da CBF, Ricardo Teixeira (foto), foram indiciados pelo FBI por acusações de
corrupção nos EUA. O indiciamento levou Del Nero a pedir o afastamento do
comando da CBF e nunca mais deixar o País, sob o risco de ser preso

21 de dezembro de 2015. Comitê de ética da Fifa anunciou que
o ex-presidente da entidade Joseph Blatter e o ex-mandatário da Uefa Michel
Platini foram banidos por oito anos de todas as atividades relacionadas ao
futebol

26 de fevereiro de 2016. Comitê Executivo da Fifa aprovou mudanças em seu estatuto. A principal delas se refere ao limite de mandatos do
presidente, agora limitado a 'apenas' três

26 de fevereiro de 2016. Ex-secretário-geral da Uefa (desde
2009), Gianni Infantino foi eleito o novo presidente da Fifa. O suíço-italiano
venceu no segundo turno das eleições o xeique Salman Bin Ebrahim

Maracanã é o maior estádio do País a abrigar jogos do campeonato

O estádio do Flamengo abriga 78.838 pessoas e é o maior do Brasil — consequentemente, é também o maior a abrigar jogos da temporada de 2017

11 de abril de 2016. Citado pelo FBI como um dos
investigados no megaesquema de corrupção, Marco Polo Del Nero retornou ao
exercício da presidência da CBF

18 de maio de 2016. Um ano depois de promover o tsunami no
mundo do futebol, a Justiça suíça finalmente completou a extradição de todos os
envolvidos no esquema ao enviar o nicaraguense Julio Rocha para os Estados
Unidos

3 de junho de 2016. Autoridades suíças realizam nova busca na sede da Fifa no intuito de confirmar descobertas existentes e obter mais informações. Foram apreendidos documentos e dados eletrônicos

6 de outubro de 2016. Fifa abandonou o hotel Baur au Lac que
foi palco de prisões de dirigentes. Em média, as diárias de US$ 1,2 mil
(aproximadamente R$ 3,9 mil) passaram a custar "apenas" US$ 580 (R$
1.870) no novo hotel escolhido

31 de março de 2017. Em um esforço para demonstrar que é vítima de dirigentes mal-intencionados, e não uma organização criminosa, a Fifa entregou à Justiça dos EUA e da Suíça o resultado de quase dois anos de investigações internas, incluindo detalhes sobre a Copa do Mundo de 2014

9— “Os caras roubam os clubes, acabam com o dinheiro, e vêm
botar a culpa na Lei Pelé”, disse o Rei, em 2004, ao culpar os dirigentes pelas
situações caóticas dos clubes

26 de outubro de 2017. O guatemalteco Héctor Trujillo, de 63
anos, foi o primeiro cartola condenado nos EUA. Ele foi sentenciado a oito meses
de prisão ao se declarar culpado por fraude e conspiração e admitir ter
recebido quase US$ 200 mil (R$ 646,6 mil) em propinas

27 de outubro de 2017. Fifa anunciou que iria descongelar o repasse
de R$ 330 milhões ao Brasil referentes ao legado da Copa do Mundo de 2014

6 de novembro de 2017. Julgamento de José Maria Marin tem
início em Nova York. Expectativa é que trabalhos no Tribunal do Brooklyn durem
seis semanas

O dia 27 de maio de 2015 ficará marcado para sempre na história do futebol. Infelizmente, não pelo nascimento de um novo craque. Em uma minuciosa operação orquestrada pelo FBI, a polícia suíça prendeu em Zurique sete dirigentes da Fifa e cinco executivos do alto escalão esportivo acusados de extorsão e corrupção nos bastidores do futebol. Entre eles estava o ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), José Maria Marin