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Seleção brasileira esquece Caboclo, mas critica Copa América

Jogadores disseram que são contrários à organização da competição e garantem que não quiseram tornar discussão política

Futebol|Do R7

Brasil venceu Paraguai por 2 a 0, em Assunção, pelas Eliminatórias 2022
Brasil venceu Paraguai por 2 a 0, em Assunção, pelas Eliminatórias 2022 Brasil venceu Paraguai por 2 a 0, em Assunção, pelas Eliminatórias 2022

A aguardada manifestação dos jogadores da seleção brasileira enfim foi divulgada. Depois da vitória nesta terça-feira (8), contra o Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa 2022, uma carta nas redes sociais foi divulgada em nome de todos os atletas convocados. O texto expôs a insatisfação dos atletas quanto à organização da Copa América no Brasil, mas negou qualquer ameaça de boicote ao torneio.

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Depois de Colômbia e Argentina se negarem a realizar a competição continental de seleções (por questões sociais e por problemas relacionados à covid respectivamente), a Conmebol confirmou o Brasil como sede do torneio. Os jogadores não teriam sido consultados e, como se não bastasse, logo depois, o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Rogério Caboclo, foi afastado por denúncia de assédio moral e sexual. O texto dos jogadores não menciona as acusações ao cartola licenciado por 30 dias.

"É importante frisar que em nenhum momento quisemos tornar essa discussão política. Somos conscientes da importância da nossa posição, acompanhamos o que é veiculado pela mídia e estamos presentes nas redes sociais", diz um trecho do manifesto.

Ainda na saída de campo, o capitão do jogo contra o Paraguai, Marquinhos, disse que vestir a camisa da seleção brasileira era um sonho de criança e, por isso, ninguém estaria negando a convocação.

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"Em momento algum os jogadores se negaram a vestir essa camisa porque esse é um sonho de criança. A gente fez o que tinha que fazer, nesses dois jogos de Eliminatórias e, a partir de agora, a gente vai ver o que fazer”, disse Marquinhos.

O técnico Tite, durante entrevista coletiva, também adotou tom mais sereno, sem críticas, mas com certa irritação ao ser questionado se deixaria a seleção se o presidente Rogério Caboclo tivesse seguido no cargo: "Se... se eu não tivesse parado de jogar com 27 anos, eu não seria técnico. Não dá para falar com se."

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Juninho Paulista, coordenador da seleção, fez questão de destacar que a direção está de acordo com os jogadores: "Nós tivemos duas semanas difíceis emocionalmente. Quero parabenizar o Tite, comissão e pessoal do apoio por esse suporte. O trabalho não foi fácil, mas foi de excelência. A gente está muito feliz de fazer história e participar um grupo de profissionais tão competentes. Em nome da entidade, temos satisfação em trabalhar com todos. O foco sempre foi Copa do Mundo e Eliminatórias já é Copa. O manifesto que os jogadores divulgaram nas redes sociais nos representa."

A Copa América começa já neste domingo, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, com Brasil x Venezuela.

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Confira na íntegra o manifesto dos jogadores da seleção brasileira:

"Quando nasce um brasileiro, nasce um torcedor. E para os mais de 200 milhões de torcedores escrevemos essa carta para expor nossa opinião quanto a realização da Copa América.

Somos um grupo coeso, porém com ideias distintas. Por diversas razões, sejam elas humanitárias ou de cunho profissional, estamos insatisfeitos com a condução da Copa América pela Conmebol, fosse ela sediada tardiamente no Chile ou mesmo no Brasil.

Todos os fatos recentes nos levam a acreditar em um processo inadequado em sua realização.

É importante frisar que em nenhum momento quisemos tornar essa discussão política. Somos conscientes da importância da nossa posição, acompanhamos o que é veiculado pela mídia mídia estamos presentes nas redes sociais. Nos manifestamos, também, para evitar que mais notícias falsas envolvendo nossos nomes circulem à revelia dos fatos verdadeiros.

Por fim, lembramos que somos trabalhadores, profissionais do futebol. Temos uma missão a cumprir com a histórica camisa verde amarela pentacampeã do mundo. Somos contra a organização da Copa América, mas nunca diremos não à seleção brasileira."

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