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São Bento reconhece falta de grana e quer empresário para bancar Kaká

Presidente se apega em modelo que levou Falcão para jogar futsal na cidade

Futebol|Do R7*

São Bento de Sorocaba disputará a Série B do Campeonato Brasileiro de 2018
São Bento de Sorocaba disputará a Série B do Campeonato Brasileiro de 2018 São Bento de Sorocaba disputará a Série B do Campeonato Brasileiro de 2018

Sonhar é de graça, mas pagar os salários do Kaká tem um custo. Apesar dos cerca de R$ 25 milhões recebidos do Orlando City nas últimas temporadas, o São Bento planeja repatriar o jogador para disputar o Campeonato Paulista e a Série B do Campeonato Brasileiro do ano que vem. O presidente Márcio Rogério Dias não tem nas mãos um projeto, nem nos bolsos o dinheiro necessário, mas ainda tem na cabeça a ideia.

Em entrevista ao R7, Dias se esforçou para afirmar que o sonho é possível. No entanto, foi sucessivas vezes evasivo ao explicar como funcionaria efetivamente a tão falada ‘engenharia financeira’. Só reunir o empresariado de Sorocaba, no interior de São Paulo, pode inclusive ser pouco para um atleta que não vive o melhor momento da carreira, mas foi o melhor do mundo em 2007.

“Se por acaso ocorrer esse negócio, quem vai pagar pelo Kaká vão ser empresários que não têm absolutamente nada a ver com o clube”, explicou o presidente. “Primeiro temos que escutar o jogador, ver o que ele quer. E depois montar uma engenharia financeira para que a gente possa concretizar esse sonho.”

Márcio mira exemplo de Falcão no futsal em Sorocaba
Márcio mira exemplo de Falcão no futsal em Sorocaba Márcio mira exemplo de Falcão no futsal em Sorocaba

Rodrigues reconheceu, sim, que o atleta precisaria reduzir sua pedida salarial — afinal, eram mais de R$ 2 milhões por mês nos EUA. Também garantiu que nenhum contato oficial foi feito até o momento e espera que empresários da cidade se motivem com uma potencial chegada do jogador. Hoje o São Bento exibe em seus domínios o logo da Unimed regional e de outras sete empresas da região, de supermercado a baterias de automóveis.

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Em nota, a Unimed sorocabana disse que não foi procurada. "Embora seja umas das patrocinadoras oficiais do time, a cooperativa médica sorocabana não participa, nem nunca participou, de indicações ou dos processos de escolha e contratações de atletas para o clube."

O especialista em marketing esportivo, Amir Somoggi, duvida que qualquer negócio entre atleta e São Bento seja viável. "Com todo o respeito ao São Bento, mas o patrocínio do clube talvez pague o condomínio da casa do Kaká", analisou.

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Falcão é exemplo no irmão das quadras

Acusado por gente da própria cidade de querer se promover as custas de especulações de jogadores que não vão vestir a camisa azul e branco, Márcio Rogério se defende. Educado, não se altera nem por um minuto, e explica que modelo semelhante teria acontecido com o craque Falcão, que foi jogar futsal na cidade.

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Falcão escolheu Sorocaba para últimos anos de carreira
Falcão escolheu Sorocaba para últimos anos de carreira Falcão escolheu Sorocaba para últimos anos de carreira

“Os investidores da cidade acreditaram nesse projeto e o Falcão vem levando o nome da cidade pelo Brasil todo. Então, por que não ter uma conversa com os agentes do Kaká? Seria muito interessante”, comparou o cartola.

Presidente do Magnus Futsal, Felipe Drommond explica que a relação do clube com Falcão não estabelece exatamente o modelo que o companheiro de São Bento sugeriu. O time é um projeto desenvolvido ao redor do quatro vezes melhor jogador do mundo, que escolheu Sorocaba para curtir os últimos anos de carreira e criar a família.

Magnus é o segundo naming rights do time, que por dois anos foi chamado de Brasil Kirin. Assim como a anterior, a nova empresa não tem participação direta no pagamento de salários ou na contratação de qualquer atleta do elenco. Mais do que isso, a possível parceria com o irmão dos gramados seria apenas para elevar o nome da cidade.

“O relacionamento com a Magnus não é como por exemplo o caso do Borja no Palmeiras. Não é uma patrocinadora que investiu para o jogador estar lá”, disse o presidente. “A Magnus hoje é um patrocinador, um grande patrocinador que está com a gente. Não interfere em qualquer atleta ou contratação.”

O responsável pelo marketing esportivo da empresa que leva o nome do clube esclarece que também não foi procurado. “A nossa linha de trabalho está sendo no futsal com o próprio Magnus, o Corinthians, o Jaraguá e alguns trabalhos de causa social. Não estamos de olho no futebol de campo. Estávamos até torcendo para o São Bento arrumar um grande patrocinador para movimentar mais a cidade, mas nada de contratar jogador”, disse Rodrigo Luporini.

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Para 2018, o São Bento tem como objetivo principal se manter na Série A-1 do Paulistão e na segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Mas se depender do presidente, o time pode ganhar destaque por outros motivos. Perguntado se abriria as portas para um jogador de peso caso a negociação com Kaká fracasse, ele tentou explicar a real pretensão da equipe, mas extrapolou no tamanho do sonho.

“Não existe nenhum outro jogador que tenhamos interesse no Brasil ou no mundo a não ser o Kaká. A menos que venha o Messi ou o Cavani”, declarou.

Adriano, por sinal, também foi um dos cogitados na equipe do interior de São Paulo. O presidente esclareceu que supostos amigos do Imperador o procuraram para uma possível contratação. O próprio jogador, que está desde o ano passado sem atuar, tratou de afastar qualquer possibilidade. Além disso, o presidente informou que o jogador “não se encaixaria no perfil” já que o clube não poderia dedicar uma equipe de fisiologistas e fisioterapeutas, por exemplo, para recolocar o jogador nos campos.

Mistério de Kaká

Desde que anunciou oficialmente sua despedida do Orlando City depois de três anos, Kaká tem preferido o silêncio. Nas últimas duas semanas, o jogador ficou ausente até mesmo das redes sociais. O estafe do meia, no entanto, foi procurado e não respondeu aos questionamentos até o fechamento desta matéria.

O São Paulo é o clube de maior identificação do jogador, mas ainda não começou negociações. Se não chegar a um acordo, a tendência é que o atleta pendure as chuteiras. Cursos para iniciar uma carreira de treinador também não estão descartados.

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*André Avelar, Dado Abreu e Pedro Rubens Santos, do R7

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