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BRASILEIRO 2022

PSG reconhece racismo na base, mas culpa ação isolada de dirigente

Equipe parisiense possuía método de classificação de atletas a serem recrutados com base nas suas etnias, segundo jornal francês Mediapart

Futebol|André Avelar, do R7

Paris Saint-Germain contratou um atleta negro entre anos de 2013 e 2018
Paris Saint-Germain contratou um atleta negro entre anos de 2013 e 2018

O Paris Saint-Germain admitiu nesta quinta-feira (8) a ocorrência de racismo em suas categorias de base. O time francês foi acusado de promover discriminação na escolha de jogadores jovens para o clube nos últimos anos.

A informação partiu do jornal francês Mediapart, documentos divulgados pelo 'Football Leaks', portal responsável pelo vazamento de informações confidenciais, garantem que a equipe recrutava atletas com base em etnias.

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Segundo o jornal, existiam quatro subgrupos: 'Francês' (branco), 'Norte-africano', 'Das Antilhas' e 'Africano' (negro), todos sob responsabilidade do dirigente Marc Westerlopp, entre 2013 e 2018. 


O caso mais emblemático é o do marfinense Yann Gboho. O meio-campista de 17 anos, que hoje está no Rennes, chegou a jogar na base do PSG, mas foi dispensado aos 13 anos por causa de sua cor. Na época, a dispensa do atleta foi encoberta pela diretoria do clube 'para evitar escândalos'.

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Westerlopp teria afirmado que havia a necessidade de "equilibrar a diversidade" nas categorias de base do Paris Saint-Germain. Para ele, haviam muitos jogadores de origem africana e caribenha entre os adolescentes que integravam as equipes menores do time francês.

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O PSG emitiu um comunicado admitindo que a equipe praticou discriminação racial nas categorias de base. Segundo o clube, foi apenas ação individual do dirigente em questão.


"O Paris Saint-Germain confirma práticas ilegais cometidas pelo sistema de recrutamento do seu centro de treinamento, dedicados a atletas de fora do Ile de France. Essas práticas são de responsabilidade exclusiva do chefe deste departamento. A direção geral do clube nunca teve conhecimento de um sistema de registro étnico dentro de um departamento de recrutamento, nem possuía um. Essas práticas traem o espírito e os valores do Paris Saint-Germain", afirmou o clube.

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