Dois anos após tragédia, familiares da Chape lutam por indenizações
Companhia aérea LaMia não tinha autorização apesar de voar com regularidade pelo território colombiano; 71 pessoas morreram no acidente
Futebol|André Avelar, do R7
![Arena Condá terá feixe de luz apontado para o céu em lembrança aos dois anos](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/PEQJX6ECVNIZJNV54FSVRD5RL4.jpg?auth=39f2d800fb2e4f810eb6da1dd28ce9e805f72582a030e9d0899f9f56694a1c1c&width=660&height=360)
Mesmo dois anos após o acidente aéreo que matou 71 pessoas no voo da Chapecoense, os familiares das vítimas ainda procuram receber seus direitos em complexas e variadas indenizações. As famílias dos profissionais que acompanhavam o que seria a final da Copa Sul-Americana de 2016 entraram na última quarta-feira (28) com uma ação judicial contra o governo colombiano.
Na ação feita por um grupo de familiares específico, o alvo é a Aerocivil, o que seria equivalente à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) no Brasil. Como já havia sido levantado dias após o acidente, o órgão regulador prevê indenização em caso de falha comprovada na gestão dos voos. Por outro lado, o LM2993, saiu de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, com destino a Medellin, na Colômbia.
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De acordo com as normativas da Aerocivil, voos fretados não poderiam passar pela Colômbia, uma vez que as seguradoras passaram a não aceitar esse tipo de contrato. A empresa LaMia, no entanto, já havia feito esse mesmo procedimento nas quartas de final da mesma competição continental, ao levar a Chapecoense para a partida contra o Junior Barranquilla. A companhia tinha uma apólice de seguro contratada no valor de US$ 25 milhões (aproximadamente R$ 100 milhões nos valores atuais).
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Um dos representantes de uma associação dos familiares do time catarinense disse que o pedido é de cem salários mínimos colombianos, cerca de R$ 25 mil para cada membro da família das vítimas. A polêmica persiste em saber se o seguro estava operante apesar do voo não ser permitido, ainda que fosse praticado regularmente.
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Até agora, poucas famílias receberam indenizações, mas referentes a outros processos. Não existe uma ação única que represente todos os atletas, tampouco uma só direção no caminho das indenizações. Os valores recebidos pelas famílias vieram principalmente das doações à Chapecoense e o seguro dos atletas feito com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
A Chapecoense preparou uma série de homenagens para lembrar os dois anos da tragédia. As homenagens, segundo palavras do próprio clube, devem ser “novamente discretas”. Um feixe de luz apontado para o céu foi colocado no centro da Arena Condá, que terá portões abertos ao longo de toda esta quinta.
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Associação recupera bens após tragédia com voo da Chapecoense
Logo após o acidente envolvendo o voo da Chapecoense, que vitimou 71 pessoas na Colômbia, saqueadores roubaram pertences dos mortos. Nas semanas seguintes, um grupo de moradores do bairro de La Unión criou uma associação para recuperar os bens, que tev...
Logo após o acidente envolvendo o voo da Chapecoense, que vitimou 71 pessoas na Colômbia, saqueadores roubaram pertences dos mortos. Nas semanas seguintes, um grupo de moradores do bairro de La Unión criou uma associação para recuperar os bens, que teve um aumento muito grande nas últimas semanas decorrentes do retorno do Verdão para enfrentar o Atlético Nacional pela Recopa Sul-Americana