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‘Talento tóxico’ deixa Neymar ainda mais longe do The Best da Fifa

Imprensa mundial repercutiu mal ‘fim da dança’ da seleção brasileira ainda nas quartas de final da Copa do Mundo 2022

Copa do Mundo|André Avelar, do R7, em Doha, no Catar

Neymar persegue Copa do Mundo e troféu de melhor jogador do mundo da Fifa
Neymar persegue Copa do Mundo e troféu de melhor jogador do mundo da Fifa Neymar persegue Copa do Mundo e troféu de melhor jogador do mundo da Fifa

Até os 11 minutos do segundo tempo da prorrogação da última sexta-feira (9), Neymar era um gênio novamente candidato ao prêmio The Best. O gol que marcou pelo Brasil nas quartas de final da Copa do Mundo o credenciava ao troféu de melhor jogador do mundo eleito pela Fifa. Mas a Croácia empatou, levou a decisão para os pênaltis, eliminou a seleção e imediatamente as manchetes mudaram de tom.

A imprensa mundial lembrou o terceiro fracasso de Neymar em Copas do Mundo e, mais do que isso, o apontou como “talento tóxico” e, junto com Tite, “um dos responsáveis pela eliminação” do Brasil.

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Neymar — que sofreu com uma lesão na terceira vértebra no Brasil 2014, chegou com seguidas lesões na Rússia 2018 e teve uma entorse no tornozelo direito ainda na partida de abertura do Catar 2022 — chorou muito ainda no gramado, cogitou abandonar a seleção, e só foi consolado pelo filho de Ivan Perisic. O camisa 10 da Canarinho fez fisioterapia intensiva em três períodos para voltar da lesão, marcou de pênalti nas oitavas de final e fez um golaço nas quartas. Não foi o bastante.

No último minuto do primeiro tempo da prorrogação, Neymar chamou a responsabilidade para si e chamou a tabela com Lucas Paquetá, que esteve sumido durante toda a Copa. Ao receber o passe, entrou na área, se livrou dos marcadores e do goleiro e chutou no alto para abrir o placar e extravasar com a torcida. Não foi o bastante. A má administração na cobrança dos pênaltis cobrou seu preço. Neymar não cobrou o pênalti decisivo, e nem nenhum outro, já que Rodrygo e Marquinhos haviam perdido enquanto os croatas tiveram 100% de aproveitamento.

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Imprensa inglesa chamou Neymar de 'talento tóxico' na Copa 2022
Imprensa inglesa chamou Neymar de 'talento tóxico' na Copa 2022 Imprensa inglesa chamou Neymar de 'talento tóxico' na Copa 2022

Um dos grandes nomes da ácida imprensa britânica, Barney Ronay, autor de inúmeros livros sobre Copas do Mundo, foi o primeiro a chamar Neymar de ‘talento tóxico’ do Brasil. O jornalista do Guardian lembra da saída conturbada do Barcelona até a transferência de 222 milhões de euros (cerca de R$ 825 milhões na época) para o Paris Saint-Germain, que acabaram por misturar valores humanos do craque.

“Apesar da sensação de talento atrofiado, de asas nunca totalmente abertas, o futebol moderno é, de muitas maneiras, o seu mundo. Nesse mundo, Neymar pode entender mais profundamente o futebol do que qualquer outro indivíduo”, escreveu Ronay.

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Ainda na derrota para a Croácia, o Brasil nem bem tinha deixado o estádio Cidade da Educação e o New York Times já estampava com um quê de ironia em sua capa: “é o fim da dança deles”, em clara referência ao jeito coreografado de comemorar gols dos brasileiros. O tema foi alvo de críticas, principalmente, do ex-jogador irlandês Roy Keane.

“Mais uma vez então, a Copa do Mundo terminou para o Brasil na dança em que eles souberam fazer melhor do que qualquer outro”, dizia o texto de Rory Smith. “Todos estavam tentando processar a amargura e o arrependimento da eliminação para a Croácia, mas os dedos já estavam apontados [para Tite e para Neymar].”

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Neymar deixou o Santos e foi para o Barcelona em 2013. Na chegada ao clube catalão, ainda no auge da rivalidade entre Lionel Messi, seu companheiro de equipe, e Cristiano Ronaldo, prometeu ajudar o argentino a ser melhor do mundo. Se verdade ou não, em 2017, foi chamado a ser a transferência mais cara do mundo e estampar o seu nome na torre Eiffel. Bons anos, ótimas atuações, mais nada do troféu de Bola de Ouro, que até passou a ser chamado de The Best para não se confundir mais com a premiação da revista France Football.

Nada feito. O brasileiro foi terceiro lugar em 2017 e nunca mais apareceu no pódio. Além de Messi e Cristiano Ronaldo, somente o croata Luka Modric e o polonês Robert Lewandowski quebraram a hegemonia dos dois.

O Brasil, de Romário (1994), Ronaldo (1996, 1997 e 2002), Rivaldo (1999), Ronaldinho (2004 e 2005) e Kaká (2007), vai para 16 anos sem o título de melhor do Mundo. Mais do que isso, serão 24 anos sem Copa em 2026.

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