Valor dos programas deve subir cerca de 30% durante o evento
Divulgação/ Aprosmig
No mesmo dia em que Colômbia e Grécia estreiam o gramado do Mineirão na Copa do Mundo, outro “time” deve chamar ainda mais atenção, ao transformar a rua Guaicurus, no centro de Belo Horizonte, em um gramado diferente. Quem entra em campo, no próximo dia sábado (14), é o “Peladas Futebol Clube” ou “Putas Futebol Clube”, grupo formado pelas garotas de programa da capital mineira. Uniformizadas de verde e amarelo, as prostitutas mineiras pretendem mostrar animação para o Mundial.
Segundo a presidente da Aspromig (Associação das Prostitutas de Minas), Cida Vieira, ainda não há um horário definido para a partida, que deve ocorrer na parte da tarde. Otimista com o evento, Cida confia que as profissionais do sexo de Belo Horizonte vão lucrar com o aumento no número de clientes. Ela afirma que os preços de cada programa devem aumentar cerca de 30%. Nem mesmo a chegada de aproximadamente 2.000 prostitutas de outros países da América Latina deve prejudicar o mercado da capital mineira.
— São meninas que já avisaram que viriam para aproveitar o evento para lucrar também. Não significa incentivo à prostituição, porque são garotas que já estão no exercício da profissão há mais tempo.
A chegada dos turistas não assusta as garotas de programa da cidade, que já se preparam há cerca de um ano com aulas de inglês, para estarem com o idioma na ponta da língua. Cida conta que 300 garotas se formaram no curso, sendo que boa parte delas ainda pretende continuar com os estudos. Além disso, elas vão contar com um plantão tira-dúvidas durante todo o evento, caso precisem de reforço.
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“Puta Livro”
O professor de inglês Igor Fuchs, que lecionou para as garotas durante o curso preparatório, desenvolveu uma cartilha diferente: do tamanho de uma camisinha, ela trará frases básicas em inglês e português, ajudando a prostituta a entender o que o cliente está pedindo. Batizado de “Puta Livro”, o livreto contém expressões e perguntas caracteristicas do ambiente de trabalho das profissionais do sexo, como conta o professor.
— Tem uma introdução para que o turista converse com as meninas, perguntando quanto custa o programa, este tipo de coisa. O livro virá com uma camisinha dentro e tanto as prostitutas quanto os clientes recebem.
O projeto, no entanto, ainda está em fase de conclusão. A Aspromig ainda precisa do trabalho de um designer e da parceria de uma gráfica para imprimir a cartilha. Quem quiser ajudar basta ligar para a Aspromig (3201-1799).