Chilenos exaltam a "melhor geração desde a Copa de 1962"

A empolgação com a campanha da seleção chilena nesta Copa do Mundo, após a vitória sobre a Espanha, por 2 a 0, nesta quarta (18), já contagiou a torcida dentro e fora do Chile.

Ciente da repercussão que as últimas vitórias da seleção comandada por Jorge Sampaoli estão causando no país, o economista chileno Martin Iglesias (42), que trabalha em São Paulo, diz que a opinião geral é de que esta é a melhor geração do Chile desde a Copa de 1962, quando os jogadores da "La Roja" conquistaram a terceira colocação.

— A empolgação entre os chilenos é enorme. A atual seleção do Chile tem jogadores muito bons em clubes de ponta, não é normal isso no Chile. Em outras épocas, jogadores chilenos já atuaram em equipes fora do país, mas não tantos em tantas equipes grandes.

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Iglesias acompanhou in loco a primeira partida do Chile, contra a Austrália, em Cuiabá. Ele notou, no jogo contra a Espanha, que assistiu do escritório, uma evolução na seleção de seu país. Principalmente na questão defensiva, que requer maiores cuidados pelo fato de a média de altura do time ser a menor do Mundial.

—Em Cuiabá já tínhamos apresentado um bom futebol. Vi alguns problemas na defesa, nas bolas aéreas, mas contra Espanha o setor esteve sólido. É verdade que a Espanha tentou muito poucas jogadas pelo alto, mas o posicionamento foi bom.

Iglesias considera que, nesta Copa, o Chile tem encarado cada partida como uma final de campeonato. A primeira, segundo ele, foi contra a Austrália, quando o Chile buscava largar na frente para superar a Espanha. Na partida contra a Holanda, no próximo dia 23, será definido o primeiro colocado do grupo. A Holanda jogará pelo empate, já que tem um saldo superior em um gol.

—A partida de hoje também foi mais uma final, para garantirmos a vaga. Contra a Holanda, será outra final, pois ninguém vai querer ficar em segundo para enfrentar o Brasil, que deverá se classificar sem problemas. Acho que, será um jogo equilibrado. O Chile pode muito bem sair com a vitória. A Holanda, contra a Austrália, não repetiu a atuação do jogo contra a Espanha.

Apesar da alegria chilena, Iglesias acredita que, no país, a esperança na conquista do título é nula.

—Se o Chile pegar o Brasil nas oitavas, sairá mais cedo. Mas, se enfrentar o México, pode chegar às quartas. Para ser campeão há times muito fortes, como Itália e Alemanha, que jogam em outro nível. Ninguém no Chile está pensando em título. Se a nossa equipe chegar às quartas será uma vitória enorme. Titulo é outra coisa.