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BRASILEIRO 2022

Brasil perde Copa do Mundo de Direitos Humanos

Bem-humorado, livro mostra que país precisa melhorar muito para ser campeão

Copa do Mundo 2014|Miguel Arcanjo Prado, editor de Cultura do R7

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O jogador Oscar, na abertura da Copa: Guia mostra como os países participantes respeitam os direitos humanos
O jogador Oscar, na abertura da Copa: Guia mostra como os países participantes respeitam os direitos humanos Vipcomm

Se a Copa do Mundo medisse os índices de respeito aos direitos humanos de cada país participante, o Brasil não levantaria a taça na final. Sequer teria levado o jogo de estreia contra a Croácia na última quinta (12), já que o país do leste europeu tem uma taxa de homicídios 20 vezes menor do que a nossa.

Se serve de consolo, o Brasil pelo menos ficaria à frente de países como o Irã, onde o respeito à liberdade individual praticamente inexiste.


Neymar comemora gol contra a Croácia na estreia do Brasil na Copa: fora de campo, país tem índices melhores que os nossos
Neymar comemora gol contra a Croácia na estreia do Brasil na Copa: fora de campo, país tem índices melhores que os nossos FABRICE COFFRINI / AFP

A bem humorada competição fora dos gramados é a proposta do Guia da Copa do Mundo de Direitos Humanos, lançado neste mês e com distribuição gratuita e versão online.

A ideia é dos pesquisadores do Celacc (Centro de Estudos Latino-americanos de Comunicação e Cultura) da ECA-USP (Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo), sob direção do professor Dennis de Oliveira.


A obra dialoga com o leitor, pedindo que ele avalie e dê nota a cada país participante, levando em conta temas como respeito a minorias, à diversidade sexual, ética e também ao meio ambiente.

Leia o blog de Miguel Arcanjo Prado


Acompanhe a Copa do Mundo 2014 no R7

O enfrentamento entre os países competidores segue a escalação dos 48 jogos da primeira fase feita pela Fifa.


Para embasar o leitor na brincadeira, o livro fornece dados atualizados da ONU (Organização das Nações Unidas) acrescidos de informações da Anistia Internacional e dos Repórteres sem Fronteiras, entre outras organizações defensoras dos direitos humanos. Também participaram da construção do livro o Coletivo Quilombação, o NEV e a Andhep (Associação Nacional de Direitos Humanos, Pesquisa e Pós-graduação).

Torcedor brasileiro
reverencia craque argentino Messi em Belo Horizonte: país hermano ganha
do Brasil no quesito direitos humanos
Torcedor brasileiro reverencia craque argentino Messi em Belo Horizonte: país hermano ganha do Brasil no quesito direitos humanos Pedro Vilela/Gazeta Press

Brasil perde para Argentina

Quando se leva em conta o respeito aos direitos humanos, o Brasil fica atrás até de seu maior rival nos campos: quando o quesito é o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), a Argentina ocupa a 45ª posição no mundo, enquanto o Brasil amarga a 85ª posição.

O livro foi uma resposta dos pesquisadores à declaração polêmica do secretário-geral da Fifa em 2013, quando afirmou que "menos democracia, às vezes, é melhor para a organização de uma Copa do Mundo".

Sobre isso, o professor Dennis de Oliveira tem opinião certeira e bem diferente da do executivo da Fifa.

— A Copa do Mundo jamais deve ser um motivo para passar por cima da liberdade de um povo e da garantia dos direitos humanos.

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