Conmebol repudiou, mas não sabe o que fazer com Messi por declaração
Craque argentino disse que Copa América estava ‘armada para o Brasil’. Pena pode ser multa ou ir além de um jogo de suspensão pelo cartão vermelho
Futebol|André Avelar, do R7, no Rio
Punir Lionel Messi ou não punir? Eis a questão na qual a Conmebol se encontra mesmo depois de terminada a Copa América no último domingo (7), no Rio, com o título da seleção brasileira. Independentemente da histórica boa relação com os argentinos, a confederação sul-americana estuda uma pena para o camisa 10 por suas declarações sobre corrupção no torneio, mas ainda não sabe ao certo o que fazer.
Messi, desde a queda da Argentina — justamente para o Brasil, na semifinal, no Mineirão — se assumiu em uma versão um tanto mais agressiva. Inicialmente, reclamou de dois possíveis pênaltis não marcados naquela partida. Pior mesmo, e o que mais desagradou os dirigentes do futebol no continente, foram as acusações vindas na disputa de terceiro lugar, na vitória, contra o Chile. Messi inclusive foi expulso na Arena Corinthians.
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“Infelizmente, acho que esta Copa América está armada para o Brasil. Tomara que os árbitros e o VAR não interfiram e que o Peru possa competir, mas vai ser difícil”, disse o jogador, ainda irritado, claro, com o cartão vermelho por uma confusão em que foi envolvido com Gary Medel.
Mas Messi também se recusou a receber a medalha pelo terceiro lugar e faltou à premiação oficial, no centro do gramado.
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“Não fui à premiação porque nós não temos de ser parte desta corrupção. Nos faltaram com respeito durante toda a Copa. Não nos deixaram chegar à final”, disse o jogador.
Pelo regulamento da Conmebol, Messi deve cumprir suspensão de uma partida, no próximo compromisso da Argentina em competições organizadas pela entidade. O jogo em questão deve ser em março, no primeiro da equipe nas Eliminatórias da Copa, já que a Copa América 2020 começa em junho.
Em um primeiro comunicado, a Conmebol deu quase que uma bronca em Messi. Ainda assim, ficou no ar uma futura represália, seja em mais jogos de gancho ou até multa financeira para a AFA (Associação de Futebol Argentino).
“No futebol, às vezes se ganha e às vezes se perde e um pilar fundamental do fair play é aceitar os resultados com lealdade e respeito”, diz o texto. “É inaceitável que a raiz de incidentes próprios do torneio, no qual participaram 12 seleções, todas em igualdade de condições, sejam lançadas em acusações infundadas que faltam com a verdade e põem em dúvida a integridade da Copa América.”
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