Caso Daniel: Preso 4º suspeito do assassinato de jogador no PR
O rapaz, de 19 anos, primo de Cristiana Brittes, foi detido pela polícia nesta quarta-feira (7), em Foz do Iguaçu (PR), por envolvimento no crime
Futebol|Cesar Sacheto, do R7, com informações do RIC Mais
A polícia prendeu nesta quarta-feira (7) o quarto suspeito de participação no assassinato do jogador Daniel Corrêa, de 24 anos, morto no mês passado em São José dos Pinhais (PR). O rapaz, de 19 anos, foi detido por policiais do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado na residência dele, em Foz do Iguaçu.
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O atleta do São Paulo, que estava emprestado ao São Bento, foi torturado, teve o pescoço praticamente decepado e os órgãos genitais cortado. O corpo dele foi localizado em um terreno na área rural de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Daniel havia participado de uma festa de aniversário em uma boate de Curitiba e de um after na casa da família Brittes.
O suspeito é primo de Cristiana Brittes, de 35 anos, esposa de Edison Brittes Junior, que confessou ter matado Daniel porque teria flagrado o atleta tentando estuprar a mulher no quarto do casal durante a festa de aniversário da filha Allana, de 18 anos. Ele teria ajudado o empresário a espancar Daniel junto com dois outros rapazes: David William Vellero Silva, de 18 anos, e Igor King, de 20.
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O suspeito já havia se apresentado aos responsáveis pela investigação policial na tarde da última segunda-feira e, posteriormente, retornou para Foz. O mandado de prisão é temporário e foi expedido pela 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais.
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A polícia deverá encerrar o inquérito até o fim desta semana. Os suspeitos, que estão presos temporariamente, deverão ser indiciados por homicídio qualificado (motivo cruel, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e fraude processual).
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O Ministério Público já acompanha os trabalhos policiais e deverá fazer a denúncia dos suspeitos à justiça. No entanto, ainda não é certo se o indiciamento será o mesmo para cada um dos envolvidos no crime.
Depoimento de Edison Brittes
Também nesta quarta, o empresário foi ouvido nesta quarta na Delegacia Regional da Polícia Civil de São José dos Pinhais. No depoimento, que durou cerca de seis horas, Edison Brittes reafirmou a versão que teria agido para defender a esposa do abuso sexual praticado por Daniel.
Testemunhas desmentem a versão do suspeito
Alguns detalhes apresentados por Edison Brittes Junior na versão sobre a morte de Daniel foram desmentidos por quatro jovens que estavam na festa de aniversário de Allana, onde o jogador foi flagrado no quarto de Cristiana e espancado por Edison com a ajuda de três amigos do empresário: David Willian, Igor e Eduardo.
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Polícia descarta estupro
Edison atribuiu o assassinato à defesa da esposa que estaria sendo violentada pelo jogador — Daniel entrou no quarto do casal e postou fotos ao lado de Cristiana, que parecia desacordada. No entanto, a tese já foi afastada pelo delegado que preside o inquérito, Amadeu Trevisan. Daniel enviou fotos ao lado de Cristiana a um grupo de amigos através do WhatsApp.
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