Caso Daniel: Advogado de Edison Brittes nega sexo a três em festa
O defensor Cláudio Dalledone rejeita hipótese de o empresário ter pedido para que o jogador fizesse sexo com a esposa Cristiana na frente dele
Futebol|Cesar Sacheto, do R7, com informações da RecordTV
O advogado que representa Edison Brittes Junior, suspeito de matar o jogador de futebol Daniel Corrêa, de 24 anos, negou nesta quinta-feira (8) que tenha ocorrido sexo a três entre o empresário, a esposa dele, Cristiana, e o atleta.
Segundo a hipótese ventilada, o empresário teria pedido ao jogador para que mantivesse relações sexuais com a mulher na frente dele.
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"Foi uma notícia lançada por um programa daqui [Paraná] que pegou o conhecido do amigo de uma pessoa íntima do Edison. Essa é a qualificação. Não é testemunha de nada, porque testemunha vai à polícia e fala. É um ladrão da honra alheia que está conturbando a investigação. Isso não existiu.", enfatizou Dalledone em entrevista ao programa Cidade Alerta, da RecordTV.
O advogado comentou que pode abrir um processo judicial paralelo e pedir a prisão preventiva dos envolvidos naquilo que classificou como "fake news".
Depoimento
Edison prestou depoimento durante seis horas na última quarta na Delegacia Regional de São José dos Pinhais (PR), que investiga o caso. Segundo a Promotoria, o empresário caiu em várias contradições.
Veja mais: As contradições que a polícia aponta sobre o crime
Uma delas foi a porta arrombada do quarto do casal. No primeiro relato à polícia, Edison disse que estourou a porta ao ouvir a esposa pedindo socorro dentro do quarto. Depois, o empresário mudou a versão e disse que entrou pela janela.
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Prisões
Além de Edison, Cristiana e Allana Brittes, também estão presas sob suspeita de envolvimento no crime. Na quarta-feira (7) e nesta quinta (8), a polícia prendeu mais três rapazes que teriam ajudado a espancar Daniel.
Um deles, primo de Cristiana Brittes, foi detido em Foz do Iguaçu (interior do Paraná). Os outros se apresentaram nesta quinta na Delegacia Regional da Polícia Civil, em São José dos Pinhais.
O crime
Daniel, jogador do São Paulo que estava emprestado ao São Bento, foi morto no dia 27 do mês passado depois de participar da festa de aniversário de Allana na casa noturna Shed Bar, em Curitiba.
Por volta das 5 horas da madrugada, o grupo de aproximadamente dez pessoas deixou a boate para continuar as comemorações na residência dos Brittes, na região metropolitana da capital paranaense.
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O jogador seguiu para a casa de Allana, que completava 18 anos, em um veículo de aplicativo de transporte. Àquela altura, todos estavam embriagados.
Na casa, Daniel teria entrado no quarto onde Cristiana dormia. Ele se deitou na cama ao lado da mulher tirou fotos. As imagens foram enviadas para amigos em grupos de WhatsApp. Eram aproximadamente 8 horas da manhã.
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Pouco depois, o empresário Edison Brittes notou a falta do jogador, foi até o quarto e flagrou o rapaz. A partir deste momento, Daniel foi espancado.
Mais tarde, a vítima foi colocada no porta-malas de um carro, levada até um terreno na área rural de São José dos Pinhais, torturada e morta a facadas. Os assassinos quase deceparam o pescoço de Daniel, que teve os órgãos genitais cortados.
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O corpo de Daniel foi encontrado na noite de sábado e, devido à dificuldade para identificá-lo, a investigação do homicídio teve início no dia seguinte.
Telefonemas e contatos com a família da vítima
Preocupados com o desaparecimento de Daniel, parentes do jogador passaram a buscar com amigos informações sobre o paradeiro dele.
Nessa procura, a mãe de Daniel trocou mensagens via WhatsApp com Allana. No entanto, a jovem procurou demonstrar preocupação com o atleta.
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