Após reclamações, VAR passa despercebido na final do Paulista
Ausente na polêmica decisão de 2018, arbitragem de vídeo foi apenas espectadora no clássico sem lances críticos entre Corinthians e São Paulo
Futebol|André Avelar, do R7
Depois da polêmica final de 2018 do ‘Paulistinha para quem perdeu e Paulistão para quem ganhou’, era claro que a FPF (Federação Paulista de Futebol) precisava tomar alguma atitude para não ver o dito principal Estadual do país reduzido às questões de arbitragem. A solução encontrada para este ano foi a implantação do VAR (assistente de árbitro de vídeo) a partir das quartas de final e que foi apenas espectador na grade decisão, neste domingo (21), na vitória que deu o título ao Corinthians sobre o São Paulo, no Itaquerão.
Naquela oportunidade — também vencida pelo Corinthians, mas sobre o Palmeiras, no Allianz Parque — os palmeirenses acusaram Marcelo Aparecido de Souza de influência externa ao voltar atrás e desmarcar pênalti do corintiano Ralf em Dudu. A briga foi parar no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) e durou cinco meses até que fosse decidido pela manutenção do resultado de campo, na partida que ficou conhecida como “O Dérbi que não acabou”.
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Para este ano, mesmo com o auxílio eletrônico, que obedece os mesmos moldes da utilização na Copa do Mundo da Rússia 2018 por exemplo (mais informações abaixo), algumas situações fugiram do controle. Inicialmente, torcedores e alguns dos próprios jogadores entendiam que simples lances de saída de bola poderiam ser revisados. Era um tal de gesto com as mãos para indicar o VAR que não tinha fim. Isso sem falar em lances capitais como pênaltis e expulsões.
O árbitro Raphael Claus não só teve uma atuação segura no clássico do último domingo, em Itaquera, como sequer precisou efetivamente da ajuda dos auxiliares de vídeo — Welton Wohnrath era o chamado avaliador de vídeo, em uma estrutura que ainda contou com Carlos Augusto Junior, Thiago Duarte Peixoto, Emerson Augusto de Carvalho e Rodrigo Guarizo do Amaral. Exceto uma jogada e outra de entrada mais forte e algumas encaradas, corintianos e são-paulinos até que ajudaram na condução do espetáculo e o árbitro não foi chamado a interpretar no vídeo um lance sequer.
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Já com as fases finais do Paulistão em andamento, Mauro Silva, vice-presidente da FPF, disse que o VAR cumpre o seu papel ao evitar erros absurdos de arbitragem. Além disso, o ex-jogador revelou que espera que o protocolo seja mais rápido.
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"Na nossa avaliação, o VAR está cumprindo o papel. Estamos corrigindo erros, evitando injustiças. Desafio é diminuir o tempo e aumentar a precisão. É um projeto imenso para a Federação, começou anos atrás, com investimento grande. É um legado para o futebol", disse Mauro Silva.
A FPF ainda promete entregar o balanço final do torneio, mas adiantou que o custo total da operação ultrapassou a casa do R$ 1 milhão. Para o Brasileirão que começa neste fim de semana, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) garantiu a utilização do recurso de tecnologia desde a primeira rodada.
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