Após 17 anos, Palmeiras e Boca farão semifinal da Libertadores
Clubes voltam a se encontrar após polêmica eliminatória de 2001, que terminou com a classificação dos argentinos obtida com erros de arbitragem
Futebol|Cesar Sacheto, do R7
A classificação do Boca Juniors para a semifinal da Copa Libertadores com o empate diante do Cruzeiro, nesta quinta-feira (4), no Mineirão, colocará o time argentino frente à frente com o Palmeiras na próxima etapa do torneio continental. O confronto aconteceu pela última vez nas fases de mata-mata há 17 anos, também em uma semifinal.
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Já o Palmeiras se classificou com duas vitórias por 2 a 0 sobre o Colo-Colo, a última delas na quarta, no Allianz Parque, com gols de Dudu e Borja — que alcançou a artilharia do campeonato, com nove gols, junto com Morelo, do Santa Fe-COL.
A Conmebol deverá definir as datas dos jogos ainda nesta sexta, por sorteio. Já a ordem dos mandos de campo é determinada pelas campanhas nas fases anteriores. Assim, o Palmeiras terá o direito de fazer a segunda partida da final em casa. O Boca Juniors mandará o primeiro jogo da decisão.
As duas equipes estiveram na mesma no Grupo 8. O Palmeiras terminou como líder, com 16 pontos. Já o Boca obteve a segunda vaga com muitas dificuldades, dependendo do resultado negativo do Junior Barranquilla-COL, diante do próprio Palmeiras, na última rodada. Passou com apenas sete pontos.
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No confronto direto, os brasileiros também levaram vantagem sobre os argentinos na chave. No primeiro turno, houve empate em 1 a 1, em São Paulo. Mas, na Bombonera, em Buenos Aires, o Palmeiras venceu com sobras por 2 a 0 e se consolidou como uma das grandes forças da competição.
Jogos históricos e polêmicos
Em 2001, a equipe argentina levou a melhor. Foram dois empates em 2 a 2 — na Bombonera e no Palestra Itália — e a classificação do Boca garantida nas cobranças de pênaltis, graças ao talento do meia Juan Román Riquelme. No entanto, o primeiro jogo, em Buenos Aires, entrou para a história do futebol sul-americano pela polêmica arbitragem do paraguaio Ubaldo Aquino.
O árbitro errou em lances capitais contra o time brasileiro. No primeiro deles, Aquino assinalou um pênalti inexistente do zagueiro Alexandre sobre o atacante argentino quando a partida estava 1 a 0 para o Palmeiras. Depois, com o duelo empatado em 2 a 2, o árbitro deixou de marcar uma penalidade máxima clara sobre o volante Fernando — que foi advertido com o cartão amarelo por simulação.
As decisões de Ubaldo Aquino foram determinantes na classificação do Boca Juniors para a final daquela edição da Libertadores, pois, o segundo jogo terminou também em igualdade e, nos pênaltis, o Boca conquistou a vaga. O clube de Buenos Aires chegaria ao título com a vitória sobre o Cruz Azul-MEX.
Um ano antes, as duas equipes haviam feito a final da Libertadores. O equilíbrio também marcou aquela decisão. Em Buenos Aires, houve empate em 1 a 1. No Morumbi, Palmeiras e Boca empataram em 0 a 0. Mas os argentinos foram superiores nos pênaltis mais uma vez (4 a 2).
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