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Destaque no Gaúchão, bandeirinha sonha com Gre-Nal e jogos na Série A

Luiza Reis, de 33 anos, acumula mais de dez anos de experiência nos gramados e quer abrir ainda mais caminhos no futebol

Fora de Jogo|Ana Luiza Pêgo*, do R7

Luiza Reis é a primeira mulher a integrar a equipe de arbitragem na final de um Gauchão
Luiza Reis é a primeira mulher a integrar a equipe de arbitragem na final de um Gauchão Luiza Reis é a primeira mulher a integrar a equipe de arbitragem na final de um Gauchão

Com mais de 13 anos de experiência, sendo dez deles de arbitragem no Campeonato Gaúcho, Luiza Reis é a primeira mulher a atuar em uma final da competição. A bandeirinha mostra empolgação com o futuro e confessa: "O sonho ainda é atuar dentro de campo em um Gre-Nal e nos jogos da Série A do Brasileirão".

Luiza fala em atuar de dentro do gramado porque já esteve na cabine do árbitro de vídeo, em uma partida entre Grêmio e Internacional. Ali, sentiu na pele a responsabilidade por atuar em um clássico que divide a capital gaúcha.

Se, hoje, a bandeirinha não se vê em outra profissão, anos atrás essa possibilidade nem mesmo passava por sua cabeça.

"Nunca pensei [nessa profissão]. Na realidade, surgiu a oportunidade de fazer um curso de gandula, e eu e minhas amigas fomos, mas sem pretensão nenhuma", revelou a também professora universitária da Faculdade Sogipa, em Porto Alegre.

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Luiza começou como gandula e já atua há mais de 13 anos como assistente de arbitragem
Luiza começou como gandula e já atua há mais de 13 anos como assistente de arbitragem Luiza começou como gandula e já atua há mais de 13 anos como assistente de arbitragem

Aos 33 anos, Luiza entende que a profissão ainda precisa de mais mulheres atuantes e que, para isso, é preciso mais oportunidades.

"Vejo que o importante é abrir as portas. Trabalhei em uma final de Gauchão e, agora, minha amiga Maíra [Mastella Moreira] já trabalhou também. Então, a porta foi aberta, e é isso que importa", disse a bandeirinha. "O meu objetivo é que quem vier depois de mim não passe pelas mesmas dificuldades."

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Em 2009, quando Luiza entrou no curso da Federação, havia apenas duas mulheres na turma. Treze anos depois, são sete, no total.

"Beleza! Aumentou bastante o número de mulheres, mas ainda assim é pouco, faltam mais", apontou a profissional.

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No começo, ainda como gandula, a bandeirinha conta que não conhecia mulheres que atuavam como assistentes e por isso, espelhava-se em Altemir Hausmann, que era da federação do seu estado na época. Além dele, Neusa Back e Edna Alves são exemplos para a bandeirinha.

"Depois, quando entrei, conheci a Neusa. E, então, comecei a me espelhar nela em tudo, no trabalho, na parte física, teórica", falou Luiza. "A gente acaba não se vendo dessa forma, né. Sei que algumas colegas até se inspiram, mas não costumo me enxergar desse jeito, não."

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Ao atuar no primeiro jogo entre Internacional e Corinthians pela final do Cameponato Brasileiro Feminino, Luiza revelou ter ficado emocionada com o recorde de público no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS).

"Eu venho acompanhando o futebol feminino há muito tempo, então ver algo daquela dimensão é emocionante. A gente sempre fica na dúvida se as pessoas realmente vão comparecer, ,e dessa vez, os torcedores não só compareceram como foram em peso para o estádio", disse a bandeirinha.

Inclusive, Luiza diz que prefere atuar em estádios com arquibancadas lotadas.

"Não sei como, mas eu prefiro. Irrita um pouco, mas parece que consigo ficar mais concentrada. Torcida não me atrapalha, gosto mesmo é do estádio lotado", confessou a assistente.

*estagiária do R7, sob supervisão de André Avelar.

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