Os técnicos Didier Deschamps e Zlatko Dalic, de França e Croácia, respectivamente, tiveram que superar muitos questionamentos e desconfiança no início dos trabalhos nas seleções até chegarem à final da Copa de 2018. As duas nações se enfrentam na decisão do título do Mundial da Rússia neste domingo (15), às 12 horas (horário de Brasília), no Estádio Luzniki, em Moscou.
Veja a tabela completa da Copa do Mundo de 2018 no R7
Deschamps, capitão da França no primeiro título mundial do país, em 1998, assumiu a seleção em 2012. Desde então, o treinador viveu altos e baixos no comando do time. Ele enfrentou polêmicos e atuou para unir a equipe em prol do bicampeonato mundial.
Curta a página do R7 Esportes no Facebook
A perda da Eurocopa, em 2016, para a seleção portuguesa, abriu caminho para uma reformulação no elenco. Alguns veteranos, como Franck Ribéry, não foram relacionados. Outros jogadores envolvidos em polêmicas também foram deixados de lado, casos de Benzemá e Valbuena, ambos envolvidos em um escândalo que ganhou as páginas policiais.
Deschamps: superação e coragem no comando da França
Deschamps decidiu apostar em jovens, como a revelação Mbappé e o lateral Pavard, mesclando esses jogadores com outros mais experientes. A estratégia foi bem-sucedida e o time francês fez uma campanha irrepreensível: se classificou em primeiro lugar na fase de grupos, despachou a Argentina, o Ururguai (dois campeões mundiais) e a Bélgica, tida como a seleção sensação da Copa, que havia eliminado o Brasil nas quartas de final.
Dalic conduz a Croácia para a final da Copa com 9 meses de trabalho
O croata Zlatko Dalic, por sua vez, assumiu o comando da Croácia durante as Eliminatórias Europeias para a Copa da Rússia. Em apenas nove meses de trabalho e dez jogos (6 vitórias, 2 empates e 2 derrotas), o treinador, de 51 anos e um currículo sem grandes conquistas, entrou para a história do país com a inédita classificação para a final do Mundial.
No entanto, Dalic também teve que lidar com as dúvidas de torcedores — foi alvo de protestos — e da imprensa croata em relação ao seu trabalho. As críticas surgiram especialmente após a derrota por 2 a 0 para o Brasil, em um amistoso preparatório para a Copa, no início de junho, em Liverpool, com gols de Neymar e Roberto Firmino.
Dalic se mostrou confiante, seguro e extraiu da Croácia uma campanha com 100% de aproveitamento na fase de grupos, incluindo uma vitória por 3 a 0 sobre a Argentina. Depois, os croatas lutaram muito nas fases seguintes, passaram por três prorrogações, mas venceram Dinamarca, Rússia e Inglaterra para chegar à decisão da Copa.
Ficha técnica:
15/7 - Estádio Luzniki (Moscou)
FRANÇA x CROÁCIA
Árbitro: Néstor Pitana (Argentina)
FRANÇA: Lloris; Pavard, Varane, Umtiti e Hernández; Pogba, Kanté, Matuidi, Mbappé e Griezmann; Giroud. Técnico: Didier Deschamps.
CROÁCIA: Subasic; Vrsaljko, Lovren, Vida e Strinic; Rakitic, Brozovic, Rebic, Modric e Perisic; Mandzukic Técnico: Zlatko Dalic.
Modric e Lloris: um dos dois vai levantar a Taça da Copa da Rússia
A França chega pela terceira vez a uma final de Copa do Mundo. Perdeu em 2006 para Itália. Em 98 foi campeã, quando Blanc foi o capitão e levantou a taça. Agora, na Rússia, o goleiro Lloris pode ficar eternizado na história do futebol. Pelo lado croata, a melhor colocação em Mundiais foi em também 98, um terceiro lugar. Vinte anos depois, Modric pode ser o primeiro jogador da Croácia na história a erguer a Taça da Copa. Conheça mais sobre os dois craques e líderes dos finalistas