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Cosme Rímoli - Blogs

Depois da insegurança de Roger, Abel é o mais forte candidato

Por falta de rumo, o Palmeiras demitiu ontem Roger. E busca no mercado um técnico mais vivido, experiente e com comando. Abel é o favorito

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Experiente, campeão mundial e da Libertadores. Abel é a prioridade
Experiente, campeão mundial e da Libertadores. Abel é a prioridade

São Paulo, Brasil

Oswaldo de Oliveira, Marcelo Oliveira, Alberto Valentim, Cuca, Eduardo Baptista, Cuca (novamente).

E Roger Machado, demitido sumariamente, ontem.

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Foram esses os treinadores que Alexandre Mattos contratou para trabalhar no Palmeiras, desde que chegou do Cruzeiro, incensado como o melhor executivo de futebol do Brasil, em janeiro de 2015.

Marcelo Oliveira conseguiu a Copa do Brasil, em 2015.


Cuca venceu o Brasileiro de 2016.

E só.


Nem mesmo o absurdo aporte financeiro da Crefisa, a centena de milhões da televisão, as dezenas de milhões de reais por ano com a arena de melhor localização do país e mais outros milhões do plano de sócio torcedor, o Palmeiras consegue transformar sua riqueza em títulos. Nem ao menos em estabilidade.

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Mattos não conseguiu dar a mínima estabilidade, um plano de trabalho que desse ao menos dez meses de trabalho aos técnicos que contratou. Embora tenham assinado contrato por um, dois anos, nenhum ficou sequer 300 dias no cargo, me alerta, na madrugada, meu amigo e ótimo jornalista Marcos Paulo Lima.

Conselheiros palmeirenses insones festejavam ao telefone, nos vários, e cada vez mais influentes, grupos de whatsapp, durante as primeiras horas desta sexta-feira. Comemoravam a demissão de Roger Machado, como se fosse um título. 

Os motivos. A falta de vibração do time, as incoerências táticas, a eterna sensação de que a equipe estava perdida em campo e que dependia apenas de jogadas individuais. A falta de conjunto. Atletas constamente irritados por não saber o que fazer. As seguidas decepções. 

O elenco mais caro da América Latina era desperdiçado. 

A insegurança exalada por Roger Machado dominava o Palmeiras desde que chegou, em novembro do ano passado. Exatamente como aconteceu nas suas passagens frustradas pelo Grêmio e pelo Atlético Mineiro.

Roger Machado exalava insegurança. Como foi no Grêmio e Atlético
Roger Machado exalava insegurança. Como foi no Grêmio e Atlético

Alexandre Mattos não cumpriu sua obrigação. Como foi alertado na época da chegada de Roger, inclusive neste espaço. O treinador foi mandado embora do Olímpico e da Cidade do Galo por sua insegurança, por não conseguir ter o comando do grupo, não se impor diante dos jogadores mais importantes e por não conseguir definir o mínimo exigido para qualquer técnico, um padrão tático ao time.

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O Palmeiras nas suas mãos se mostrou perdido, nunca teve padrão. Ele nunca soube utilizar o potencial de Lucas Lima, Gustavo Scarpa, Dudu, Borja, Guerra, Diogo Barbosa, Keno. Se perdeu diante da versatilidade de Tchê Tchê.

E trouxe enorme insegurança para três excelentes goleiros: Jailson, Weverton e Fernando Prass.

Nos vestiários, deixava Felipe Melo falar mais forte e mais alto que ele.

Tudo isso desse o final do ano passado.

Diante de Alexandre Mattos e de Mauricio Galiotte.

Os dois não queriam admitir que outra vez perderam tempo, erraram na contratação do comandante do clube.

Isso não era segredo para ninguém.

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Conselheiros só faltavam se ajoelhar diante de Galiotte pedindo a demissão de Roger. Cansaram. Se uniram e passaram sistematicamente, desde a perda do Paulista, com o time humilhado, perdendo a taça para o maior rival, o Corinthians, em plena arena alviverde, a pressionar pela saída do treinador.

Mattos resistia. Ele tem o péssimo costume de não admitir de pronto seus erros. E com isso, o time foi se esvaindo, desperdiçando pontos e mais pontos no Brasileiro, que o dirigente garantiu que seria prioridade. Só para a amenizar a cobrança sobre o que realmente todos querem no Palestra Itália, a Libertadores.

O time despenca, está estagnado em sexto lugar.

Gustavo Scarpa perdido. Mais um talento desperdiçado por Roger
Gustavo Scarpa perdido. Mais um talento desperdiçado por Roger

O executivo avisou para Galiotte. A parada da Copa seria fundamental para uma revolução no Palmeiras. Mesmo com a excursão. Roger Machado conseguiria fazer todos os testes, preparar, 'azeitar' a equipe. E chegar no segundo semestre de conquistas. No Brasileiro, na Copa do Brasil, na Libertadores.

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Só que Mattos e Galiotte possuem dois pares de olhos, dois de ouvidos e neurônios. Perceberam que o time não melhorou, não estagnou. Conseguiu piorar. Roger Machado mostrando velho defeito desde que se tornou treinador, não conseguiu reagir. Cobrar seus jogadores. Dar organização tática. Se impor como o comandante do elenco.

Diante do Atlético Mineiro, no domingo, já havia sido desesperador, com um gol achado nos acréscimos. Os torcedores saíram do estádio, mesmo com a vitória, muito irritados, nervosos, tensos. Assim como os conselheiros. Tinham a convicção que, com Roger Machado, 2018 seria mais um ano de fracassos, assim como foi 2017, apesar de todo o dinheiro ao alcance do clube.

Contra o Fluminense, ontem, em pleno Maracanã, acabaram as desculpas. Diante de um clube tradicional, mas que está atolado em dívidas, e que busca, com um elenco modestíssimo, apenas não ser rebaixado para a Segunda Divisão, o Palmeiras se dobrou. Perdido, não tinha a mínima coordenação. Dudu atuava mais como um segundo lateral esquerdo, atrás de Diogo Barbosa.

Gustavo Scapa estava grudado na ponta direita, matando seu talento como coordenador. Felipe Melo, Bruno Henrique e Moisés, distantes, abertos. Oferecendo espaço para tabelas primárias do meio de campo do Fluminense.

O Palmeiras apático, corria. Mas não sabia para onde. A derrota foi mais do que justa.

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A reação na coletiva de Roger Machado foi a gota d'água. Seguiu falando como se tudo estivesse normal. Que aos poucos o Palmeiras iria se acertar. 

"A (oscilação) é a característica do Campeonato Brasileiro. Falta pouco para a gente encontrar esse equilíbrio, mas a gente está deixando passar. O campeonato já vai quase para a metade.

"Torcedor é passional. Respondo desde o começo do ano sobre a pressão de dirigir o Palmeiras. Não há nenhum problema sobre pressão, faz parte. A gente lida da melhor forma possível, sempre tentando fazer o melhor. Algumas vezes, quando você não consegue", disse, sem convição.

O discurso fraco, sem rumo, fez com que Galiotte decidisse dar um basta. Finalmente concordou com conselheiros e membros da própria diretoria que o alertavam que o Palmeiras precisava de novo treinador para tentar salvar o ano. Mattos teve de obedecer a decisão do presidente e demitiu Roger Machado.

Roger. Mais um erro de Mattos. Técnico com ele, não fica dez meses no Palmeiras
Roger. Mais um erro de Mattos. Técnico com ele, não fica dez meses no Palmeiras

O clube perdeu oito meses com o treinador. 

Conselheiros estão insistindo na contratação de um treinador vitorioso, experiente, vivido. 

O nome predileto é de Abel Braga.

Já foi campeão da Libertadores e do Mundial pelo Internacional, em 2006. Foi campeão brasileiro pelo Fluminense. Aos 65 anos, tem 35 anos de experiência como técnico. E, importante, comando no vestiário. 

É muito ético. 

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Deixou o Fluminense quando os salários passaram a atrasar.

Esse problema não teria no Palestra Itália.

Além dele, nomes como Dunga, Jorge Sampaoli, Juan Carlos Osorio e até Felipão estão sendo cogitados. Todos têm em comum a experiência, a vivência como técnico.

Por isso, Jair Ventura, Fernando Diniz, Zé Ricardo estão em desvantagem.

Um grupo mais desesperado pensa até Vanderlei Luxemburgo.

Galiotte avisou a Mattos.

Quer a definição o mais rápido possível.

Talvez até hoje mesmo.

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Quer virar a página da insegurança que Roger Machado levou ao Palmeiras.

Como era de se esperar, pelo que fez no Grêmio e Atlético Mineiro.

E que Alexandre Mattos não conseguiu enxergar.

O Palmeiras precisa de uma revolução tática.

Membros da diretoria de Galiotte não querem mais apostas no comando do time
Membros da diretoria de Galiotte não querem mais apostas no comando do time

Mas com base, vivência.

Chega de experiências como Eduardo Baptista e Roger Machado.

Se quiser aproveitar o dinheiro que tem.

E transformá-lo em conquistas marcantes.

Como a Libertadores, o Mundial de Clubes.

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