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BRASILEIRO 2022

Times do Brasil lutam por dinheiro e status na Copa Libertadores

Flamengo, Athletico-PR, Atlético-MG, Palmeiras, Cruzeiro, Grêmio e Inter querem conquistar a América por dinheiro e para sonhar com o  Mundial

Futebol|Do R7

Sete clubes brasileiros começam a luta por esta taça da Libertadores
Sete clubes brasileiros começam a luta por esta taça da Libertadores

Superadas as etapas preliminares, a Copa Libertadores começa para valer nesta terça-feira com seis jogos pela fase de grupos. Para os sete brasileiros classificados, é a competição mais cobiçada do ano por dois motivos: dinheiro e prestígio. A Conmebol (Confederação Sul-americana da Futebol) dobrou a premiação em relação à temporada anterior, o que aumentou a atratividade. Ser campeão significa ainda se habilitar para disputar o Mundial de Clubes, organizado pela Fifa. Com maior ou menor intensidade, todos os clubes se reforçaram para o torneio.

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Dois brasileiros começam nesta noite a corrida pela premiação que chegará a US$ 19 milhões (cerca de R$ 71,8 milhões) ao campeão. O Flamengo joga na altitude boliviana de Oruro às 19h15 contra o San José. E o Athletico-PR vai à Colômbia encarar o conhecido Tolima às 21h30 - o time colombiano eliminou o Corinthians em 2011.

A Conmebol vem aumentando o valor pago nos últimos anos porque enfrenta pressão dos clubes do continente. Isso a fez subir a cota este ano para US$ 1 milhão (R$ 3,7 milhões) por jogo como mandante na fase de grupos. Nas oitavas, o ganho sobe para US$ 1,05 milhão (R$ 3,9 milhão). Jogar as quartas valerá US$ 1,2 milhão (R$ 4,5 milhões) e a semifinal, US$ 1,75 (R$ 6,6 milhões). O campeão levará para casa US$ 12 milhões, o equivalente a R$ 45,3 milhões, com US$ 6 milhões (R$ 22,7 milhões) ao vice.

Atual campeão brasileiro, o Palmeiras repete o roteiro em busca do seu segundo título na Libertadores, vinte anos depois da conquista do primeiro. Apostou na manutenção do técnico Luiz Felipe Scolari, campeão em duas edições do torneio, e segurou atletas importantes, como Dudu e Bruno Henrique. Para dar prioridade à competição e novamente formar dois times, a diretoria continuou contratando e trouxe, entre outros, Arthur Cabral, Felipe Pires, Zé Rafael e Ricardo Goulart. A estreia é na quarta, diante do Junior Barranquilla. Os outros rivais são o peruano Melgar e o San Lorenzo.


Ja o Flamengo investiu alto para conquistar a taça depois de 38 anos: Arrascaeta (R$ 55 milhões), Rodrigo Caio (R$ 22 milhões), Gabriel (salário de R$ 1,2 milhão), além do técnico Abel Braga. O primeiro desafio é nesta terça, na altitude da Bolívia, diante do San José. O time montou operação de guerra para superar os 3.700 metros de altitude: terá ambulância durante a estada, sete cilindros de oxigênio e chegará apenas horas antes do jogo.

O retrospecto justifica tanta preocupação. O Fla só venceu um dos cinco jogos que disputou acima dos 3 mil metros. O momento é delicado. A equipe ficou fora da final da Taça Guanabara e seu CT foi interditado pela prefeitura do Rio quase 20 dias após o incêndio que matou dez atletas da base e deixou outros três feridos. O time é bom, mas precisa provar isso.


MINEIROS - Em busca do tricampeonato, o Cruzeiro encara sua partida mais difícil logo na estreia diante do Huracán, fora de casa, nesta quinta. O venezuelano Deportivo Lara e o equatoriano Emelec não devem impedir que a equipe mineira passe de fase. A logística será um complicador, pois a delegação fará duas viagens longas (Equador e Venezuela).

O elenco continua robusto, com a chegada de Rodriguinho, Marquinhos Gabriel e Dodô. Segundo treinador mais longevo da competição, Mano Menezes soma dois títulos da Copa do Brasil e um do Mineiro, mas ainda busca sua primeira Libertadores. No ano passado, parou nas quartas de final da disputa. Ele tem em Thiago Neves uma de suas armas para o meio-campo. Tem ainda o atacante Fred.


O Atlético-MG está no clima da Libertadores desde janeiro. Superou duas etapas preliminares, deixando para trás os uruguaios Danubio e Defensor. Na fase de grupos, estreia diante do Cerro Porteño na quarta - depois, encara Zamora e Nacional. Uma novidade importante: a equipe voltará a atuar no Mineirão depois de quase dois anos. Além de manter a base do elenco, a diretoria contratou sete reforços a pedido do técnico Levir Culpi. Dois deles já se tornaram titulares: os zagueiros Réver e Igor Rabello.

GAÚCHOS - Campeão em 2017 e semifinalista em 2018, o Grêmio chega como favorito de novo. Líder do Gaúcho com os reservas atuando em alguns jogos, o time está descansado para estrear na quarta diante do Rosario Central, que não vence há 12 jogos. Os outros rivais do grupo são Libertad e Universidad Católica. A equipe ainda não perdeu no Estadual.

Renato Gaúcho manteve alguns pilares, como Luan e Geromel, e repôs os que saíram. Rômulo e Montoya atuam no meio após Ramiro ir para o Corinthians. No gol, Julio Cesar substitui Marcelo Grohe. Tardelli, principal contratação do ano, ainda não está pronto fisicamente.

O Internacional volta à Libertadores depois de quatro anos. Brigou pelo título brasileiro ano passado e agora quer recuperar o bom momento, pois teve sequência ruim no Gaúcho - viveu seu pior início de ano desde 2007, vencendo apenas um dos quatro primeiros jogos do ano. A estreia será na quarta, contra o Palestino, no Chile. Depois tem Alianza e River Plate.

Do time-base que terminou 2018, saíram o lateral Fabiano e o atacante Damião. O técnico Odair Hellmann recebeu dois reforços: os atacantes Neilton e Guilherme Parede. O peruano Paolo Guerrero só poderá estrear em abril, quando encerra sua suspensão por doping.

Já o Athletico Paranaense terminou 2018 em alta: 7º colocado do Brasileiro e campeão da Copa Sul-Americana pela primeira vez. O time é experiente. Seis jogadores estiveram na campanha de 2017 na Libertadores. Lucho González, por exemplo, vai disputar o torneio pela sétima vez. A principal contratação foi a do atacante argentino Marco Ruben, outro calejado no torneio sul-americano. Ele jogou em 2006, 2007 e 2016.

O rival desta terça é o Tolima, o mesmo que eliminou o Corinthians em 2011. Na sequência, os paranaenses encaram Boca Juniors e Jorge Wilstermann.

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