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Lembra dele? Acosta é hoje a estrela do Santos... do Amapá

Atacante uruguaio, com passagem por Náutico e Corinthians, foi destaque em 2007

Futebol|Dado Abreu, do R7

Acosta está com 38 anos e planeja jogar até 2017
Acosta está com 38 anos e planeja jogar até 2017 Acosta está com 38 anos e planeja jogar até 2017

Mais de 60 mil torcedores presenciaram o gol mais importante da carreira de Beto Acosta. No Morumbi, Corinthians e Sport se enfrentavam em 2008 na primeira partida da decisão da Copa do Brasil. Depois de assistir do banco de reservas à etapa inicial, Acosta foi chamado pelo técnico Mano Menezes no intervalo de jogo para tentar aumentar a vantagem do Corinthians, que aquela altura era de dois gols.

Aos 30 minutos, depois de saída errada da equipe do Sport, Herrera roubou a bola no meio de campo e desceu em rápido contragolpe. Ele avistou Acosta chegando pela esquerda e enfiou bom passe, de bandeja. O uruguaio dominou e bateu de canhota, sem chances para o goleiro Magrão. Na comemoração, Acosta correu para a galera e beijou o distintivo do Timão. Ele não sabia, mas aquele seria o ápice de sua carreira.

Com 38 anos, Alberto Martín Acosta é hoje a estrela do modesto Santos do Amapá, o Peixe da Amazônia, time que disputa a Série D do Campeonato Brasileiro. “Faz dois anos e meio que estou aqui e agora está bom porque minha família está comigo”, conta Acosta. “Mas, no começo foi difícil, saudade, muito calor, muito longe”.

No Campeonato Brasileiro de 2007, jogando pelo Náutico, Acosta marcou 19 gols e foi vice-artilheiro da competição, sendo eleito o melhor atacante do ano pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e Bola de Prata pela revista Placar. A boa temporada no Alvirrubro fez com que ele se transformasse no ano seguinte em objeto de cobiça de Corinthians, São Paulo, Santos, Cruzeiro e Fluminense. Na época, o Timão levou a melhor e fechou contrato com o atleta por dois anos.

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“Ter ido para o Corinthians foi muito bom para mim, mas infelizmente eu tive uma lesão grave”, lembra o uruguaio, que fraturou a perna esquerda e ficou fora de combate por oito meses. Ao retornar, não conseguiu mostrar o mesmo bom futebol que apresentou na Série B e acabou emprestando ao Brasiliense.

“Foi sem dúvida o momento mais difícil. Eu estava acostumado a jogar no Pacaembu lotado, no Estádio dos Aflitos, e de repente estava jogando para menos de mil torcedores”, recorda Acosta. “Jogador gosta da torcida, para sentir aquela adrenalina de ver um estádio completamente tomado. E isso eu não tinha mais. Em um ano eu estava no Corinthians e no seguinte no Brasiliense. Foi estranho. Hoje eu já me acostumei, mas naquela época pesou”.

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Em ação pelo Peixe, antes de ser assediado pelos adversários
Em ação pelo Peixe, antes de ser assediado pelos adversários Em ação pelo Peixe, antes de ser assediado pelos adversários

Do Brasiliense, Acosta retornou ao Náutico, mas desta vez sem o sucesso de 2007. Passou ainda por Resende (RJ), Operário (MT) e União Barbarense (SP). “Guardo com carinho todos os clubes em que joguei, mas o Náutico é sempre especial. Foi lá que tudo começou e foi lá que eu meti quatro gols no Botafogo e entrei para a história do futebol brasileiro ao ser o primeiro estrangeiro a marcar quatro vezes em uma só partida”.

Entrou para história e ganhou fama. Tamanha que hoje em todos os jogos é cercado por adversários que pedem a sua camisa. “Se eu fosse dar sempre que me pedissem estaria perdido, porque aqui [no Santos] eles descontam”, brinca. “Mas, eu sempre tento dar um jeito. Entrego o meião, o calção ou peço para o roupeiro resolver. Sei como é. Eu também vivi isso no Corinthians quando o Ronaldo chegou. Nunca havia imaginado jogar com ele. Foi chocante. Chicão, Elias, Willian, Douglas, Cristian, ninguém acreditava e todo mundo se espantou”.

Atualmente no Peixe da Amazônia, Acosta faz planos para jogar por mais um ano antes de pendurar as chuteiras. Depois, pretende estudar e seguir a carreira de treinador. Porém, antes o atacante uruguaio tem um duro desafio pelo Campeonato Amapaense. Nesta quarta-feira (2) o Santos enfrenta o Santana precisando vencer para se classificar para a próxima fase do Estadual. Na arquibancada do Estádio Municipal de Macapá Acosta não deverá ter mais de 100 testemunhas de seus gols. 

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