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Catar abre a Copa mais preocupado com a imagem para o mundo e menos com a da própria seleção

Time da casa abre Mundial diante do Equador neste domingo (20), às 13h (de Brasília); anfitrião levantou troféu apenas seis vezes

Copa do Mundo|André Avelar, do R7

Catar quer fazer da Copa do Mundo um cartão de visitas para turistas do Ocidente
Catar quer fazer da Copa do Mundo um cartão de visitas para turistas do Ocidente Catar quer fazer da Copa do Mundo um cartão de visitas para turistas do Ocidente

Já acostumados a grandes eventos esportivos, o Catar precisava de uma Copa do Mundo para chamar de sua. A abertura acontece neste domingo (20), a partir das 13 horas (de Brasília), no estádio Al Bayt, com o país mais preocupado em passar uma boa imagem política para o mundo do que propriamente em conseguir uma boa campanha com a sua seleção local.

O Catar enfrenta o Equador na primeira rodada do Grupo A, em jogo que foi antecipado em um dia. A desconfiança com a própria seleção era, e ainda é, tamanha que a estreia da equipe da casa estaria misturada ao dia de Inglaterra X Irã, Senegal X Holanda e Estados Unidos e País de Gales — confrontos esses últimos que continuam marcados para segunda-feira.

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Primeiro país do Oriente Médio a receber um Mundial, o Catar foi um território protegido pela Coroa Britânica até 1971, quando conseguiu a sua independência. Não demorou muito e fez fortunas com as suas reservas naturais para a extração de petróleo e produção de gás natural. Os US$ 358 bilhões de PIB (produto interno bruto) justificam tanto luxo e riqueza em um país de 2,8 milhões de habitantes. 

Ainda assim, é considerado por órgãos não-governamentais como um país “não-livre”. Ao longo dos 12 anos de preparação para a Copa do Mundo, por exemplo, o emirado conviveu com denúncias de milhares de mortes de trabalhadores na construção dos oito estádios. Como se não bastasse, essas denúncias também conviveram com restrições a direitos humanos sob a liderança do emir Tamim al-Thani.

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Sob o inverno de mais de 30º, o país espera fazer da Copa mais um belo cartão de visitas para futuros turistas. O idioma árabe e a rigidez do islã, que inclusive venceu a queda de braço com os patrocinadores da Fifa e barrou bebidas alcoólicas nos estádios, podem bem ser entendidos como entraves para o Catar. Essa é justamente a imagem que se quer derrubar. Com a seleção, não será possível.

Recentemente, ainda antes da bola rolar, pelo menos dois episódios atrasaram os planos do governo catari no plano de ser mais amigável. Em entrevista à alemã ZDF, um dos embaixadores da Copa do Mundo caracterizou a homossexualidade como “dano mental” e, mais recentemente, uma equipe da dinamarquesa TV2, teve uma transmissão ao vivo interrompida por seguranças.

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Gianni Infantino, presidente da Fifa, esbravejou contra os críticos à Copa do Mundo no Catar
Gianni Infantino, presidente da Fifa, esbravejou contra os críticos à Copa do Mundo no Catar Gianni Infantino, presidente da Fifa, esbravejou contra os críticos à Copa do Mundo no Catar

Na véspera da abertura, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, elevou o tom contra as críticas feitas ao país árabe e recomendou até um boicote ao evento para aqueles que não se sentem à vontade com a leis e modo de vida no Catar.

"Não assista [a Copa do Mundo]. Pega bem para alguns dizer que não vão assistir, porque o Catar isso, porque a Fifa aquilo.. Mas a gente sabe que essas pessoas vão assistir. Talvez escondidos. Porque nada é maior do que a Copa do Mundo", esbravejou Infantino em uma entrevista coletiva.

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Seleções que ganharam a Copa em casa

Apenas seis seleções anfitriãs conquistaram a Copa do Mundo diante de seus torcedores. Nas duas primeiras das 21 edições disputadas até aqui, Uruguai e Itália levaram a melhor. Nos anos 60, apenas a Inglaterra conseguiu tal feito, com Alemanha e Argentina na década seguinte. A partir daí, foram 20 anos até que a França de Zidane e companhia fizesse a alegria dos seus torcedores.

Uruguai 1930

Itália 1934

Inglaterra 1966

Alemanha 1974

Argentina 1978

França 1998

Da decisão no Stade de France pra cá, apenas Alemanha e Brasil, em 2006 e 2014 respectivamente, tiveram condições reais de erguer o troféu da Fifa. Coreia do Sul e Japão 2002, África do Sul 2010 e Rússia 2018 passaram longe de verem os anfitriões com a glória máxima do futebol nas mãos. Essa chance tampouco acontecerá no Catar 2022.

Catar e Equador estão no Grupo A da competição. Na segunda rodada, o Catar enfrentará Senegal, enquanto o Equador, a Holanda, a favorita da chave. A seleção brasileira, cabeça de chave do Grupo G, estreia na quinta, contra a Sérvia. Ainda na primeira fase, mede forças com Suíça e Camarões.

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