Quem pensava que a Bósnia-Herzegovina era apenas um acumulado de jogadores com nomes estranhos aos ouvidos brasileiros, errou feio apesar da derrota no último domingo (15), para a Argentina. A equipe do técnico Safet Susic demonstrou bom poderio ofensivo e não se envergonha de sonhar alto mesmo em sua primeira participação em Copas do Mundo.
Os “brasileiros do leste europeu”, como são conhecidos desde que carimbaram passaporte para a competição inclusive chutaram mais vezes em gols que os argentinos: 16 a 11. Pjanic, Misimovic, Dzeko e Ibisevic, que entrou no segundo tempo, formam um ataque entrosado que deu trabalho ao goleiro argentino Romero, na partida no Maracanã.
“Disse para os meus jogadores que esse não era um jogo chave. Poderíamos nos dar o direito de perder e foi isso que conseguimos fazer hoje”, disse abertamente Susec. “Mas de todos os tempos. Mas todo mundo sabe que nos últimos anos temos produzido bons resultados e seria uma questão de tempo participar de um grande torneio.”
Em um país de ouço mais 4 milhões de habitantes, que sofreu com as guerras, o futebol hoje reúne divisões étnicas que tinham dificuldades político-partidárias. Pelas ruas do Rio de Janeiro, é possível encontrar bósnios de origem sérvia, croata e muçulmana empolgados e orgulhosos com a mesma seleção.
Aos torcedores presentes na Cidade Maravilhosa, Susic disse que “eles não viram tudo o que nós podemos fazer ainda”. “Espero que a Argentina vença os dois outros próximos jogos e nós possamos decidir quem será o segundo do grupo.”
Em uma chave tranquila como o Grupo F, não seria surpresa realmente se avançarem às oitavas de final. O próximo compromisso da Bósnia agora é contra a Nigéria, no sábado (21), em Cuiabá (MT). A equipe encerra a primeira fase do Grupo F no jogo contra o Irã, em 25, em Salvador (BA).