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BRASILEIRO 2022

Governo espera fim da Copa para analisar legado

Secretário do Ministério do Esporte diz que só paixão pelo futebol não garante infraestrutura

Copa do Mundo 2014|André Avelar, do R7, no Rio

Fernandes cumprimenta Blatter e Ronaldo em cerimônia no Rio
Fernandes cumprimenta Blatter e Ronaldo em cerimônia no Rio

O tão debatido legado da Copa 2014 vai ter de esperar até 13 deste mês para uma conclusão. Durante a abertura do festival da Fifa Football for Hope no complexo do Caju, no Rio de Janeiro, o secretário executivo do Ministério do Esporte Luís Fernandes se recusou a fazer um balanço sobre infraestrutura antes da final do Mundial.

Ainda nesta terça-feira (8), o Brasil encara a Alemanha, no Mineirão, em Belo Horizonte. A outra semifinal será disputada nesta quarta (9), entre Argentina e Holanda, no Itaquerão, em São Paulo. Os perdedores se enfrentam no sábado (12), no Mané Garrincha, em Brasília; enquanto os vencedores decidem o título no domingo (13), no Maracanã, no Rio. 

O secretário executivo da pasta entende que a fase mais complexa da competição já passou, porém os últimos quatro jogos restantes são mais intensos e nada pode falhar. Até agora foram 60 partidas, em 12 cidades-sedes.

— O planejamento é parte do sucesso. Não é porque deus é brasileiro, porque há uma paixão pelo futebol. Já disse antes, paixão pelo futebol não garante mobilidade urbana, não garante operação de aeroporto, não garante segurança, não garante conexão de telecomunicações para transmitir imagens dos jogos do Brasil para o mundo e isso foi fruto de um processo muito árduo e minucioso de planejamento.


Fernandes é colaborador do livro Brasil em jogo – O que fica da Copa e das Olimpíadas (2014, editora Boitempo). Em seu artigo, ele fala em “oportunidade para, simultaneamente, organizar os eventos de maior repercussão do planeta e acelerar a montagem da infraestrutura necessária para o desenvolvimento do país.” O secretário não quis comentar o cumprimento ou não das ações pretendidas no texto, mas garantiu que tudo escrito nele ainda está valendo. 

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Até agora, ao contrário de previsões pessimistas, os maiores problemas registrados na Copa do Mundo foram justamente os ligados à Fifa e ao Comitê Organizador Local. O comércio de ingressos praticado por cambistas e a invasão de torcedores ao Maracanã são dois exemplos de ações que fugiram do esperado.


O secretário evitou criticar os organizadores do torneio e resumiu as atividades de fracasso ou sucesso como obras de responsabilidades compartilhadas.

— O erro em uma parte da operação, afeta a operação como um todo. Ao invés de apontar responsabilidades, a nossa posição sempre foi de buscar superação conjunta dos problemas.

Da mesma forma então, o legado dos Jogos Olímpicos terá de esperar pelo menos dois longos anos para ser debatido. Depois da Copa, vamos fazer um balanço e o tema do legado vai ter sua importância.

Palavra da presidente

Já a presidente Dilma Rousseff preferiu observações mais amplas quanto ao legado da Copa do Mundo. Em bate-papo com internautas, Dilma disse que o Brasil se despede da competição com a “autoestima mais elevada.”

— A partir de agora, o Ministério do Esporte tem os requisitos para trazer competições internacionais para o Brasil até porque não há nenhuma competição internacional que tem uma complexidade maior do que a da Copa.

Neste mesmo bate-papo, a presidente disse que obras que não são destinadas à Copa do Mundo estão em andamento no Brasil. Dilma apontou os investimentos em mobilidade urbana, como metrôs, VLTs [veículos leves sobre trilhos], BRTs [Bus Rapid Transit] e corredores exclusivos são investimentos para os brasileiros.

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