Fifa descarta parada técnica para próximas competições
México e Holanda experimentaram a novidade debaixo de mais de 38ºC em Fortaleza (CE)
Copa do Mundo 2014|André Avelar, do R7, no Rio
A Fifa historicamente não gosta de grandes mudanças no futebol. Apesar de sinalizar o uso da tecnologia na linha do gol e do spray do árbitro para marcar a barreira nas próximas competições, a entidade ainda faz cara feia para outra novidade adotada nesta Copa 2014. A parada para reidratação, utilizada pela primeira vez no último domingo (29), não deve seguir após o Mundial.
México e Holanda começaram a jogar às 13 horas (de Brasília), no calor de Fortaleza (CE). A temperatura no Castelão chegou a superar os 38º C e o árbitro português Pedro Proença acatou a decisão de interromper a partida para que os jogadores pudessem beber água, aos 30 minutos do primeiro e do segundo tempo.
A porta-voz da Fifa disse que outras ações para manter a saúde dos atletas estão em curso e a parada para reidratação não deve ser prolongada depois da Copa. Delia Fischer aproveitou também para responder sobre a mudança no jogo depois da segunda interrupção.
– A parada técnica tem as mesmas condições para ambas as equipes. As equipes podem usar também para estratégias, mas não há a intenção de aplicar isso.
A Justiça do Trabalho havia determinado a realização da parada técnica em partidas da Copa do Mundo quando a temperatura atingir ou superar 32º C. A Fifa poderá ser multada em até R$ 200 mil por jogo em caso de descumprimento da liminar.
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Mundo da bola
Esta é a primeira Copa com o auxílio da tecnologia para detectar se a bola cruzou ou não o plano de gol – um sinal sonoro é enviado ao relógio do árbitro toda vez que um gol for marcado. Ainda na primeira fase, o recurso foi utilizado na vitória da França sobre Honduras. Recentemente, a igualmente tradicional Uefa se rendeu e confirmou o uso do mecanismo para a Eurocopa de 2016.
O spray para marcar os 9,15 metros entre a bola e a barreira também está sendo experimentado pela primeira vez neste Mundial. Apesar de muito comum em competições brasileiras, a Fifa ainda não tinha utilizado a ferramenta em Copas.