Foram 35 minutos de conversa com a imprensa e a certeza de que a seleção brasileira que entra em campo já está na cabeça de Felipão. O mistério, no entanto, vai continuar até o vestiário.
Com meia hora de atraso, seleção brasileira desembarca em Confins
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O técnico Luiz Felipe Scolari admitiu no Mineirão, palco do confronto com o Chile, nesta sexta-feira (28), que o time ainda não encontrou as condiçoes física e tática ideais, mas se aproxima do melhor que pode apresentar.
— A equipe neste momento apresenta 80% das condições que tínhamos na Copa das Confederações. A evolução foi sendo notada e hoje podemos dizer que será um jogo em que estamos quase nas condições ideiais que tínhamos lá.
Com o time pronto na cabeça, o técnico preferiu esconder o jogo e brincou na hora de apontar quem vai jogar pela direita - no treino de quinta-feira (27), Maicon foi testado no lugar de Daniel Alves.
— Já está resolvido. Joga Maicon ou Daniel. Vou entrar com 11, pode acreditar. David Luiz, Ramires. Posso colocar o Ramires na lateral. Alguém vai jogar.
Horas antes de disputar um jogo de oitavas de final de uma Copa do Mundo, diante de 60 mil brasileiros, o técnico reconhece que ninguém pode dormir tranquilo.
— Algumas coisas mexem com nosso dia a dia, mesmo que a gente tenha experiência. É normal que tenha algum incômodo, ansiedade, principalmente quando começa um mata-mata. Fica um pouco mais envolvido, asustado, mais nervoso, aquilo que é o normal em uma competição. Não pode ser no Brasil, mas por se tratar de Mundial.
Felipão também falou sobre seus momentos de solidão e dúvida na Granja Comary, quando precisa definir quem vai escalar e o que vai dizer aos convocados.
— Não posso passar pra eles minha dificuldade quando estou sozinho, pensando o que fazer. Nessas horas me sinto um pouco sozinho, inseguro. Ninguém em sã consciência fica tranquilo. Com eles não, ali tenho que passar toda a confiança.