Praia pela manhã, mensagens divertidas nas redes sociais à noite. E nesse meio tempo? Sim, a Alemanha também treinou. Mas este esteve longe de ser o principal motivo para a equipe levantar a Copa do Mundo, no último domingo (13), no Maracanã. O time do técnico Joachim Loew provou que a descontração deve fazer parte da preparação se as atividades de campo também forem bem feitas.
Ao longo da Copa do Mundo, os alemães surpreenderam a todos e não se mostraram aquele povo frio e fechado de outros tempos. O goleiro Manuel Neuer e o meio-campo Bastian Schweinsteiger cantaram o hino do Bahia (ou Baêa, como aprenderam), ao lado dos torcedores. O meia-atacante Lukas Podolski – com ajuda de amigo brasileiro, claro – adotou o Flamengo e por pouco não virou carioca.
Dentro de campo, mostraram uma variação de jogadas e esquemas-táticos que não nasceram de um dia para o outro e tampouco vieram por carta para comissão técnica. Até se deram ao luxo de arriscar algumas jogadas ensaiadas ao melhor estilo trapalhão.
Loew disse na última entrevista coletiva, ainda no Maracanã, que esse era um pacto desde o Mundial na África do Sul. Disputar uma competição em outro continente, é também uma forma de representar 80 milhões de alemães, segundo ele.
— Obviamente, temos que agradecer o anfitrião por ter organizado uma Copa do Mundo tão maravilhosa. As pessoas que estavam em torno do nosso centro de treinamento foram muito gentis. Tivemos muita energia e isso foi um dos pontos altos na minha carreira.
Nem a humilhante vitória sobre a seleção brasileira atrapalhou a estadia dos alemães no Brasil. Loew lembra que sua equipe foi recebida com aplausos, mesmo depois dos 7 a 1, no Mineirão, em Belo Horizonte, na semifinal da Copa do Mundo.
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— A tristeza por aqui foi muito grande. De repente, milhares de brasileiros estavam nas calcadas e batendo palmas. Quando chegamos ao nosso centro de treinamento, vimos as pessoas segurando cartazes e batendo palmas. Isso entra na pele e foi algo impressionante.
A Federação Alemã doou 10 mil euros (mais de R$ 30 mil) para índios da Tribo Pataxó de Coroa Vermelha. A seleção treinou na paradisíaca Santa Cruz Cabrália, no sul da Bahia.