Time de futebol americano é banido de finais por desempenho acadêmico dos jogadores
Estudantes-atletas de Akron ficaram 55 pontos abaixo da média nacional e já começarão temporada sem chance de bowls

A Universidade de Akron não poderá disputar bowls — as partidas finais do futebol americano universitário — devido aos índices acadêmicos dos jogadores da instituição. Os atletas-estudantes da equipe, apelidada de Zips, ficaram 55 pontos abaixo da média da primeira divisão do College Football, composta por 134 instituições.
Os jogadores de Akron ficaram com o APR (sigla em inglês para Taxa de Progresso Acadêmico) em 914, quando o mínimo para ser manter elegível para os bowls é 930. A universidade já havia obtido um APR de 925 na temporada passada, mas recebeu uma punição mais branda, que obrigava a diminuição de treinos.
Como a equipe de futebol americano da instituição não melhorou os resultados — inclusive, piorou —, a NCCA (sigla em inglês para Associação Atlética Universitária Nacional) aplicou uma das punições mais severas ao nível acadêmico. A decisão coloca Akron como a única entre as 134 universidades fora dos bowls por questões atreladas ao APR.
Veja também
Segundo o jornalista Nick Schultz, Akron é a primeira instituição desde Idaho, entre 2014 e 2017, a ficar fora das finais por baixo desempenho acadêmico. Em 2023, LSU (APR 923) e New Mexico State (APR 916) também ficaram abaixo do mínimo requisitado para serem elegível aos bowls, mas receberam perdão da NCAA por conta da pandemia de Covid-19.
Como objeto de comparação, o atual campeão do futebol americano universitário, Ohio State, tem o APR 1000 — nota máxima no sistema. A tradicional universidade de Alabama é a segunda colocada, com APR 998.
Com programa de futebol americano estabelecido em 1891, Akron só disputou bowls na primeira divisão universitária em três oportunidades: 2005, 2015 e 2017. Desde 2019, os Zips tiveram apenas sete vitórias em 47 jogos disputados.
Como funciona o APR?
O APR foi criado pela NCAA em 2004 após pressão externa por um maior desempenho acadêmico dos atletas universitários, que costumam receber bolsas de estudos para estudar e defender as instituições.
O sistema funciona da seguinte forma:
- cada aluno formado ou aprovado no semestre dá 1 ponto para a universidade;
- cada aluno aprovado no semestre que deixa a universidade ou reprovado que permanece na instituição dá 0,5 ponto para a universidade;
- cada aluno reprovado no semestre que deixa a universidade dá -2 pontos para a instituição;
- somam-se os pontos, e o total de pontos é dividido pelo número de atletas-estudantes da equipe universitária;
- multiplica-se o resultado anterior por 1000 para obter o APR.
Quando falamos em esporte universitário no Brasil, pensamos em torneios amadores nos quais os alunos-atletas estão muito mais interessados em farrear do que jogar. Nos Estados Unidos, o esporte universitário também é amador, mas a estrutura é maior do que das grandes equipes do futebol profissional brasileiro. Nesta galeria, o Jarda por Jarda mostra a real dimensão do futebol americano universitário
Reprodução Site/Go Ducks/Eric Evans
✅Não perca nenhum lance! Siga o canal de esportes do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp