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Cosme Rímoli - Blogs

Yuri Alberto finalmente estreou. Três gols na reviravolta sensacional do Corinthians. 4 a 1 no acovardado Atlético Goianiense

O Corinthians se impôs diante do time retrancado, decepcionante, de Jorginho. Jogando com personalidade, atitude, e com Yuri Alberto justificando a fama de artilheiro, veio a goleada. Semifinal da Copa do Brasil contra o Fluminense

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Yuri Alberto foi aplaudido de pé na arena corintiana. Três gols em jogo fundamental para Vìtor Pereira
Yuri Alberto foi aplaudido de pé na arena corintiana. Três gols em jogo fundamental para Vìtor Pereira

São Paulo, Brasil

Yuri Alberto finalmente chegou ao Corinthians.

Depois de oito jogos sem marcar, o artilheiro que Vítor Pereira tanto queria desencantou. Marcou três gols. Um de pé esquerdo, um de cabeça e outro de pé direito.

E em uma partida fundamental para a própria sobrevivência do treinador português no Parque São Jorge.


Com muita coragem, Renato Augusto inspiradíssimo, Yuri Alberto oportunista, confiante, e com o Atlético Goianiense acovardado, o Corinthians conseguiu a reviravolta com que sonhava. 

Superou com sobras a desvantagem de 2 a 0, em Goiânia.


E goleou por 4 a 1, em Itaquera. Gil marcou o outro gol. Wellington Rato descontou.

Se classificou, com todos os méritos, para enfrentar o Fluminense pela semifinal da Copa do Brasil.


A partida deixou muito claro que Jorginho precisa focar o time que treina, em vez de ficar atacando Abel Ferreira. Outra vez, a equipe que comanda cai eliminada. Em 17 anos de carreira, só venceu um título, o de campeão carioca em 2016, com o Vasco.

Foi a quarta vez na carreira que Yuri Alberto marcou três gols em um só jogo. As três primeiras pelo Internacional. 

Pressionado, Vítor Pereira colocou seu time no ataque, como tanto a diretoria e a torcida cobravam. A maneira intensa com que encurralou o time goianiense, travando a saída de bola, buscando os gols, foi impressionante. 

O Corinthians poderia ter vencido até por mais gols. Não só pela postura ofensiva corintiana. Mas pela covardia tática do Atlético Goianiense. O time de Jorginho conseguiu dar apenas um arremate ao gol. 

"Cara, só tenho que agradecer a Deus. Eu falei que seriam seis, sete jogos para me acostumar. Acabaram passando dois, mas agradecer a todos os meus companheiros. Mas os gols sairiam na hora certa, e saíram. A gente conseguiu, se uniu e fomos competitivos. Acabamos entrando um pouco abaixo no primeiro jogo, mas graças a Deus a gente passou e está classificado. Coisa linda...", comemorava Yuri Alberto.

O atacante até pediu música por ter feito três gols. Londres Freestyle, de Veigh. 

Yuri Alberto levava o nome da canção na caneleira. Era um "pedido incentivo" do presidente do Corinthians, Duilio Monteiro Alves.

Yuri Alberto em cabeçada fulminante marcou o seu segundo gol na partida
Yuri Alberto em cabeçada fulminante marcou o seu segundo gol na partida

O dirigente parecia acreditar não só no definidor que tanto queria. Mas também na falta de atrevimento, na atitude do time de Vítor Pereira, cobrado pelos dirigentes e por membros das organizadas por conta da eliminação da Libertadores, diante do Flamengo. E pela derrota para o Palmeiras, no Brasileiro, em plena Itaquera.

Vítor Pereira havia prometido a todos uma equipe vibrante, corajosa, intensa. Buscando, sem medo, a reviravolta que parecia ser muito difícil. Seu time precisava vencer por três gols de vantagem para chegar à semifinal da Copa do Brasil. Na primeira partida, o Corinthians entrou desatento, lento, sem rumo. E perdeu, com toda a justiça, por 2 a 0, em Goiás. 

Na primeira partida das quartas, Vítor Pereira mostrou quanto superestimou o time de Jorginho.

Entrou com três volantes, sonhando em segurar o 0 a 0. Esta foi a equipe: Cássio; Fagner, Gil, Raul Gustavo e Lucas Piton; Cantillo, Du Queiroz e Maycon; Willian, Róger Guedes e Yuri Alberto. 

Hoje, o time foi francamente ofensivo. 

Cássio, Fagner, Gil, Balbuena e Fábio Santos; Du Queiroz, Fausto Vera e Renato Augusto; Adson, Róger Guedes e Yuri Alberto.

Renato Augusto foi fundamental na postura agressiva, faminta de gols do Corinthians. Com liberdade inexplicável por parte do Atlético, amarrado por Jorginho em um triste 5-4-1, o meia pôde arquitetar, construir as principais jogadas ofensivas corintianas.

Róger Guedes, Yuri Alberto e Adson tinham espaço para se movimentar à vontade. A marcação goiana era inexplicavelmente a distância. O que facilitou muito a postura vibrante corintiana. 

Os toques eram objetivos. Havia ambição nos jogadores. Eles não se conformavam em trocar inúteis passes como em partidas passadas. O objetivo era claro: buscar o gol.

A participação da torcida, que outra vez lotou a arena corintiana, foi insana. Empurrando a equipe desde os primeiros minutos, esquecendo a Libertadores e a derrota contra o Palmeiras.

O jogo fluía bem, mas o Corinthians pecava no último passe ou no arremate.

Yuri Alberto. Na nona partida, o prazer de marcar pelo Corinthians. Três vezes
Yuri Alberto. Na nona partida, o prazer de marcar pelo Corinthians. Três vezes

Até que Róger Guedes, prendendo menos a bola, acertou chute fortíssimo da entrada da área, que acertou a trava do bom goleiro Renan. O lance, aos 35 minutos do primeiro tempo, incendiou de vez a torcida. Deixou o time de Vítor Pereira mais confiante. E fez o Atlético Goianiense recuar ainda mais.

E, aos 41 minutos, o plano de Jorginho, de terminar o primeiro tempo em 0 a 0, foi frustrado. Renato Augusto levantou, com maestria, a bola na cabeça de Gil. A testada acabou violenta, sem chance para Renan. 

Corinthians 1 a 0.

A arena parecia que iria desabar, com a alegria da torcida corintiana.

No segundo tempo, o Atlético Goianiense voltou tão amedrontado quanto começou o jogo.

E pagou caríssimo. 

Roger Guédes recebeu lançamento de Adson e serviu Yuri Alberto. O atacante partiu decidido para a área e chutou forte. A bola passou no meio das pernas de Renan, que saía, desesperado, do gol. 2 a 0, Corinthians, ao quatro minutos!

O Atlético ficou paralisado de vez por estar perdendo por 2 a 0. E aos 10 minutos, cobrando falta na lateral direita, Renato Augusto descobriu a cabeça de Yuri Alberto. 3 a 0.

O time de Jorginho estava completamente batido. 

O Corinthians faria 4 a 0, aos 26 minutos. Depois que Gil deu um chutão, Renato Augusto, sempre ele, serviu de cabeça Yuri Alberto. Diante do goleiro Renan, a cavadinha do atacante. Lindo gol.

Com a goledada, o Corinthians diminui o ritmo. Vítor Pereira queria garantir a classificação.

E foi quando seu time tomou um pequeno susto, quando Wellington Rato descontou aos 41 minutos. O Corinthians recuou, queria segurar a importantíssima vantagem.

Lutou e travou o Atlético Goianiense.

A vaga era, com justiça, do Corinthians.

O que garante um pouco de paz para Vítor Pereira.

E mais tempo para Jorginho assistir aos vídeos do time de Abel Ferreira...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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