Xavi, Muricy, revolta dos jogadores. Pior momento de Tite na Seleção
Nem na eliminação da Copa de Rússia, Tite foi tão pressionado. Caboclo, que tentou Xavi e Muricy como seus auxiliares, desprezando Cleber Xavier e o filho do técnico, Matheus, não se conforma com revolta do time
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
"O que o Xavi trouxe publicamente é verdade.
"Do Muricy é verdade também."
A resposta de Tite, ontem em Porto Alegre, foi de pura contrariedade.
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Ele teve de responder sobre a consulta do presidente da CBF, Rogério Caboclo, a dois treinadores para trabalharem como seus auxiliares.
Em uma nítida intervenção, para que o treinador tivesse companhia mais aptas do que Cleber Xavier e Matheus Bachi, filho de Tite.
O treinador da Seleção Brasileira não pediu nem Xavi e muito menos Muricy.
Há uma preocupação em trazer novos auxiliares para Tite desde o fracasso da Copa do Mundo da Rússia.
Houve o vazamento de áudios, logo após o Mundial, no mês passado.
Neles, levados a público pela ESPN/Brasil, o ex-coordenador Edu Gaspar defendia que Cleber Xavier fosse rebaixado ou até demitido, na conversa com o então presidente eleito Rogerio Caboclo.
“Eu vejo o Cleber, futuramente... Vou falar que é super essencial? Não. Isso eu sou sincero. Eu vejo o Cleber numa estrutura sub-23, sub-20, acompanhando treinador, como fez na olímpica. Fala com os caras. Ser esse cara que vai estar circulando entre todas as seleções. Dá para fazer o Matheus, em determinado momento, eu consigo", prometia a Caboclo.
Ele deixava claro que acreditava poder tirar os auxiliares irem trabalhar nas categorias de base, não na Seleção principal.
A conversa aconteceu no dia 19 de julho, 13 dias depois da eliminação do Brasil da Copa da Rússia.
Ou seja, Rogério Caboclo há anos tenta trocar a Comissão Técnica de Tite.
Em pronunciado desrespeito ao que pensa o técnico da Seleção.
Ele não pediu Muricy e nem Xavi.
E confirmou que o oferecimento para que se tornassem seus auxiliares, por parte de Rogério Caboclo, realmente aconteceu.
Um auxiliar precisa ter afinidade, cumplicidade com o treinador.
O cargo é de confiança.
Tite preferiu analisar como o fato de que a CBF, como nos clubes, tem o direito de ter 'seu' auxiliar.
Mas era algo que não foi combinado com Marco Polo Del Nero, o ex-presidente banido, que o convidou. E nem com Rogério Caboclo.
Edu Gaspar, desde que deixou o cargo de coordenador, para trabalhar no Arsenal, evita falar em Seleção Brasileira.
Tite foi exposto de maneira amadora em relação a Xavi e Muricy.
E aceitou.
Agora está contrariado com a Copa América no Brasil.
E também contrariou os interesses de Caboclo, ao não conseguir evitar a movimentação dos jogadores, que não querem disputar o torneio sul-americano no Brasil.
As famílias dos atletas estariam apavoradas por conta da pandemia, da nova cepa, da Covid-19, a indiana.
Mas o presidente da CBF esperava mais força, mais liderança do treinador.
E que acabasse com o motim.
Enfim, o momento de Tite na Seleção é muito delicado.
Mais até do que na eliminação da Seleção na Rússia...
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