Vexame no Mundial ensinou. Sem covardia na final, contra o Grêmio
Abel entendeu o que estava errado. E, inspirado no Santos de Cuca, treina seu time para sufocar o Grêmio. Em plena Porto Alegre, na final da Copa do Brasil
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
Se o River Plate o fez um melhor treinador, o exemplo de Santos de Cuca será seguido.
E o Palmeiras marcará muito forte o Grêmio, domingo, na primeira partida decisiva da Copa do Brasil.
O vexame do time no Mundial de Clubes serviu para Abel Ferreira definir que o seu time precisa aprimorar a marcação ofensiva, na saída de bola, seja qual for o adversário.
E principalmente subir as linhas de marcação.
Obcecado pela derrota para o Tigres e Al Alhy, o português percebeu que a determinação de compactação do seu time, a partir do meio de campo, facilita, tranquiliza o adversário a trocar passes.
Principalmente quando tem volantes habilidosos que servem aos meias, rompendo facilmente a marcação pela movimentação nas diagonais das intermediárias.
Foi assim que o clube ficou exposto no Mundial.
E também por não apelar para as faltas quando estava sem a bola.
Faltas táticas, não violentas.
Quando o treinador disse que saiu do Mundial com ensinamentos, não estava falando por falar.
Ele percebeu que tudo já estava errado contra o River Plate, no Allianz. E mesmo contra o Santos, no Maracanã.
Com a certeza no Catar, no Mundial.
O Palmeiras não funciona encurralado, como time pequeno.
Por mais que tenha velocistas na frente, como Rony e, agora Wesley, recuperado, o Palmeiras do meio para a frente tem atletas de toque de bola, que precisam estar pertos da intermediária adversária para poderem render.
A sua mais provável escalação, e que está treinando à exaustão, não só no gramado, como assistindo vídeos, com a movimentação não só do Grêmio, mas do próprio Palmeiras, mostra que Abel está mudado.
Rapidamente percebeu que o time recuado demais tirava a confiança de seus atletas. E passava a impressão de covardia para o adversário.
Ele entendeu como o Santos, mesmo com elenco pior do que o do Grêmio, não teve dificuldade para eliminar o time de Renato Gaúcho, na semifinal da Libertadores.
Marcando alto, comprando o desafio do jogo.
Para evitar que os gremistas tocassem a bola à vontade, como gostam.
Weverton; Marcos Rocha, Luan, Gustavo Gómez e Matías Viña; Felipe Melo, Danilo, Gabriel Menino e Raphael Veiga; Rony e Luiz Adriano é a equipe que Abel vem preparando para mais esta final.
Os jogadores gostaram da mudança postura.
O Palmeiras com mais postura.
Marcando mais no campo adversário.
Com volúpia.
Se vai dar certo, é uma incógnita.
Mas que Abel Ferreira aprendeu com o sofrimento do Mundial, aprendeu.
E promete mostrar já neste domingo, em Porto Alegre.
A confiança dos seus jogadores voltou.
Eles querem, de qualquer maneira, a Tríplice Coroa.
Ou seja: já venceram o Paulista e a Libertadores.
Está faltando a Copa do Brasil...